O DHS procurou atribuir “pontuações de risco” ao estilo de crédito social para usuários de mídia social

RTN, 08/06/2023 

Por Cindy Harper 

Em destaque na interação entre segurança nacional e privacidade individual, documentos recém-divulgados revelaram que o Departamento de Segurança Interna (DHS) firmou um contrato com a Universidade do Alabama em Birmingham (UAB) em 2018 para desenvolver um projeto, apelidado de “Night Fury”, projetado para analisar e atribuir “pontuações de risco” a contas de mídia social.

O Brennan Center for Justice obteve esses documentos por meio de uma solicitação de registros públicos (acesso a informação), e o Motherboard foi o primeiro a relatar sobre eles. O Projeto Night Fury visava utilizar a automação para detectar e avaliar contas de mídia social para conexões com terrorismo, distribuição ilegal de opioides, mas também campanhas de desinformação.

O documento DHS afirmava: “O Contratado deve desenvolver esses atributos para criar uma metodologia para desenvolver uma classificação, ou 'Pontuação de Risco', associada às contas identificadas.”

Fonte Motherboard

O Projeto Night Fury também planejou incorporar o envolvimento da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), Immigration and Customs Enforcement (ICE), Transportation Security Administration (TSA) e US Citizenship and Immigration Services (USCIS) para fornecer “contexto operacional entre missões”, de acordo com um dos documentos.

Especialistas alertaram o DHS sobre as dificuldades inerentes e preconceitos envolvidos no julgamento automatizado para esses assuntos, citando que características como ser “pró-terrorista” não têm uma definição concreta.

Notavelmente, o DHS encerrou o Projeto Night Fury em 2019. No entanto, ressalta o interesse contínuo da agência nas mídias sociais como um recurso para análise. Isso ocorre na sequência de relatórios anteriores do CBP utilizando uma ferramenta com inteligência artificial, Babel X, para analisar as mídias sociais dos viajantes nas fronteiras dos EUA.

Embora o foco de Night Fury fosse inicialmente em “contraterrorismo, cadeia de fornecimento ilegal de opioides, crime transnacional e compreensão/caracterização/identificação da disseminação de desinformação por entidades estrangeiras”, os documentos indicam que o trabalho da UAB pretendia “escalar para outros domínios do DHS” e “criar recursos de próxima geração”.

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Fonte:https://reclaimthenet.org/dhs-social-credit-style-risk-scores