10 de jun. de 2023

Ministério Público investiga possível financiamento ilegal da campanha do Petro





PP, 09/06/2023 



Por José Gregório 



Os áudios de Benedetti levaram a Procuradoria da Colômbia a nomear promotores delegados perante a Corte Suprema de Justiça e a Direção Especializada contra a Corrupção para "apurar se foram cometidos crimes relacionados com o possível financiamento ilegal da campanha eleitoral do Presidente da República, Gustavo Petro Urrego"

Os áudios do ex-embaixador da Colômbia na Venezuela, Armando Benedetti, nos quais ele fala sobre 15 bilhões de pesos (US$ 3,4 milhões) que teria obtido irregularmente para a campanha presidencial, não passaram por baixo da mesa. A Procuradoria da Colômbia informou nesta sexta-feira que abriu uma investigação "em resposta às informações conhecidas publicamente nos últimos dias" para "apurar se os crimes relacionados com o possível financiamento ilegal da campanha eleitoral do Presidente da República, Gustavo Petro Urrego" foram cometidos. 

A linha de investigação está a cargo de procuradores delegados ao Supremo Tribunal de Justiça e à Direção Especializada contra a Corrupção, de acordo com o Ministério Público no comunicado em que esclarece também que os procuradores terão capacidade para dirigir a sua atuação "para pessoas aferidas e não medido”.

Refere-se ainda que esta investigação visa apurar possíveis responsabilidades “nos crimes de financiamento de campanhas eleitorais de fontes proibidas, violação de limites eleitorais e outros que possam ser classificados”.

Campanha Petro sob a lupa

Segundo a gravação, os recursos a que se refere Benedetti teriam sido obtidos por meio de empresários da costa colombiana agrupados no que se conhece como Clã Torres. O Ministério Público se prepara agora para apurar a veracidade dessas afirmações que o ex-diplomata tentou abafar posteriormente ao apontar que "nunca na vida" recebeu dinheiro para uma campanha, e que o que divulgou nos áudios foi o produto de "raiva e bebida". A mídia colombiana como El Expediente também afirmou que os 15 bilhões de pesos mencionados por Benedetti teriam sido aportados pela ditadura de Nicolás Maduro, e que o ex-embaixador já teria informado a Drug Control Administration (DEA).

Por isso, o ex-candidato presidencial, Federico Gutiérrez, apresentou uma denúncia à Comissão de Acusações da Câmara dos Deputados do Congresso da Colômbia, para investigar a possível prática de crimes relacionados com o financiamento ilegal da campanha presidencial de Petro, acrescentando que poderia ser "dinheiro do narcotráfico".

Mas esta não é a única investigação aberta contra a campanha de Gustavo Petro. Há algumas semanas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) abriu processo por supostamente ocultar o pagamento de testemunhas eleitorais e ultrapassar o limite estabelecido para esse fim. Segundo a denúncia, que faz parte de uma investigação jornalística do La Silla Vacía, o valor do financiamento informado pela campanha do Petro foi de apenas 19 milhões de pesos (US$ 4.300) do limite máximo permitido, e teria ultrapassado o limite sem denunciar, já que o valor dos supostos pagamentos não declarados é de pelo menos 30 milhões de pesos (US$ 6.800).

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Fonte:https://panampost.com/jose-gregorio-martinez/2023/06/09/fiscalia-investiga-financiacion-ilegal-de-la-campana-de-petro/ 

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