YN!, 22/06/2023
O órgão de segurança da Internet da (censor) Austrália ameaçou na quinta-feira multar o Twitter por não lidar com o abuso online, dizendo que a aquisição de Elon Musk coincidiu com um aumento de "toxidade e ódio".
A comissária de segurança eletrônica Julie Inman Grant - ex-funcionária do Twitter - disse que a plataforma agora é responsável por uma em cada três reclamações sobre discurso de ódio online relatado na Austrália.
Inman Grant disse que o Twitter tem 28 dias para mostrar que leva a sério a solução do problema ou enfrentará multas de Aus $ 700.000 (US$ 475.000) para cada dia que não cumprir o prazo.
Ela disse que o Twitter deve voltar com uma série de medidas concretas mostrando "o que está fazendo para prevenir o ódio online em sua plataforma e impor suas próprias regras".
“Precisamos de responsabilidade dessas plataformas e ações para proteger seus usuários”, disse ela.
“E você não pode ter responsabilidade sem transparência, e é para isso que avisos legais como este foram projetados”.
Desde que Musk comprou a plataforma em outubro de 2022, ele cortou mais de 80% da força de trabalho global, incluindo muitos dos moderadores de conteúdo responsáveis por acabar com o abuso.
Em novembro, Musk declarou uma ampla anistia que permitiu que dezenas de milhares de contas suspensas ou banidas voltassem à plataforma.
"O Twitter parece ter deixado a bola cair no combate ao ódio", disse Inman Grant, que trabalhou em segurança cibernética na empresa depois de 17 anos na Microsoft.
Ela disse que o cão de guarda estava "longe de estar sozinho em sua preocupação com os níveis crescentes de toxidade e ódio no Twitter, principalmente visando comunidades marginalizadas".
“Também estamos preocupados com vários relatos de conteúdo amplamente acessível que provavelmente viola os termos de serviço do próprio Twitter”.
A Austrália liderou o esforço global para regulamentar as plataformas de mídia social, e não é a primeira vez que Inman Grant destaca publicamente o Twitter.
Ela escreveu a Musk em novembro, expressando temores de que cortes profundos de pessoal deixariam a empresa incapaz de cumprir as leis australianas.
O jornalista indígena Stan Grant, uma das personalidades mais respeitadas da mídia australiana, disse em maio que apresentou uma queixa ao Twitter sobre a "sujeira racial implacável" que enfrentou enquanto usava a plataforma.
Grandes editoras de música nos Estados Unidos abriram um processo judicial contra o Twitter neste mês, argumentando que a plataforma falhou em impedir a violação "desenfreada" de direitos autorais.
E um comissário da União Europeia também acusou em junho o Twitter de escolher o "confronto", depois que ele se retirou de um código de prática digital voluntário.
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Fonte:https://news.yahoo.com/australia-gives-twitter-28-days-005935954.html?fr=sycsrp_catchall
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