RTN, 25/05/2023
Por Cindy Harper
Em uma discussão seminal antes do Pandemic Response and Recovery All-Party Parliamentary Group (APPG) no Reino Unido, os principais especialistas em saúde levantaram sérias preocupações sobre o Tratado Pandêmico proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e as emendas ao Regulamento Sanitário Internacional (RSI). O tratado daria à OMS poderes de vigilância e censura.
O Dr. David Bell, ex-funcionário médico da OMS, e o professor Garrett Wallace Brown, que preside a Política Global de Saúde da Universidade de Leeds, descreveram como as propostas podem remodelar a dinâmica entre a OMS e seus países membros e colocar em risco iniciativas críticas de saúde.
O ponto controverso gira em torno da autoridade sem precedentes que essas propostas poderiam conferir à OMS. Segundo o Dr. Bell, a OMS poderia exercer o poder de exigir pesadas contribuições financeiras dos países, suprimir o discurso científico e impor restrições de viagem, bloqueios e vacinações compulsórias em resposta a emergências de saúde, que o órgão pode declarar a seu critério.
Bell explicou a transformação da OMS desde sua criação em 1946. Inicialmente formada para oferecer orientação e coordenação em emergências de saúde, tornou-se cada vez mais centralizada. Uma mudança nos padrões de financiamento, principalmente de doadores privados, levou a OMS a se transformar em uma organização onde influências externas ditam a agenda. As implicações dessa mudança são particularmente alarmantes quando se considera as definições ampliadas de emergências de saúde. “A OMS foi estabelecida em 1946 com a melhor das intenções… Ao longo das décadas, vimos uma mudança significativa de direção… É um cenário preocupante no qual as emendas do RSI e o Tratado estão sendo negociados”, disse Bell.
A discussão também gerou respostas dos legisladores do Reino Unido. Esther McVey, co-presidente do APPG, pediu maior escrutínio parlamentar, questionando a sabedoria de conceder poderes abrangentes à OMS, um órgão financiado em grande parte pelo setor privado sem supervisão aparente. McVey, referindo-se ao histórico da OMS, expressou ceticismo. “Parece imprudente dar a um órgão supranacional não eleito e financiado em grande parte pelo poder privado sobre a soberania e os direitos individuais, aparentemente sem supervisão”, opinou ela.
O parlamentar trabalhista Graham Stringer, também co-presidente do APPG, expressou oposição à perspectiva de expansão dos poderes da OMS. Ele expressou ansiedade em relação à provável influência de interesses comerciais dentro da OMS e citou a posição controversa da organização sobre o uso de máscaras, como indicativo de uma tomada de decisão política, e não científica. Stringer enfatizou que o impacto potencial na saúde pública, democracia, liberdades civis e direitos individuais exige debate rigoroso e revisão transparente.
Tanto os especialistas quanto os parlamentares transmitiram a necessidade urgente de cautela e análise minuciosa das mudanças propostas pela OMS, pedindo aos países que mantenham autonomia para enfrentar os desafios da saúde pública e para proteger as iniciativas de saúde global contra influências indevidas.
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Fonte:https://reclaimthenet.org/dr-david-bell-who-pandemic-treaty-warning
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