TNN, 11/04/2023
Por Gillian Duncan
Lisa Shaw, de 44 anos, morreu três semanas depois de receber sua primeira injeção em maio de 2021 devido a uma rara doença sanguínea induzida por vacina
O viúvo de uma apresentadora de rádio da BBC que morreu devido a complicações da vacina Oxford-AstraZeneca Covid planeja entrar com uma ação judicial contra o fabricante.
Lisa Shaw, de 44 anos, que trabalhava para a BBC Radio Newcastle, morreu três semanas depois de receber sua primeira injeção em maio de 2021.
A senhora Shaw, mãe de um filho, foi diagnosticada com um coágulo sanguíneo e recebeu tratamento, incluindo cortar parte de seu crânio para reduzir a pressão, mas não funcionou e ela morreu em maio de 2021.
Um legista concluiu que ela “morreu devido a complicações de uma vacina da AstraZeneca” devido a trombocitopenia trombótica induzida por vacina em agosto daquele ano.
A condição resulta em inchaço e sangramento no cérebro.
Seu marido, Gareth Eve, disse que tentou se envolver com o governo nos meses e anos após sua morte, mas não recebeu uma resposta.
Ele está entre um grupo de famílias que perderam parentes devido a efeitos colaterais da vacina AstraZeneca.
“Não está na minha cara virar e dizer que quero processar alguém, mas por quase dois anos tentamos nos envolver com o governo e com os parlamentares desde que Lisa morreu e nenhum deles entrou em contato ou se comprometeram conosco”, disse Eve à BBC.
“Qualquer envolvimento é passageiro, na melhor das hipóteses, e é por isso que não temos alternativa – se o governo ou a AstraZeneca não quiserem se envolver conosco, o que mais devemos fazer?”
Os advogados do grupo enviaram uma carta à empresa em novembro, na primeira etapa da ação judicial dos 75 reclamantes. Eles incluem os familiares de pessoas que perderam a vida, como o Sr. Eve, bem como aqueles que sobreviveram com ferimentos.
“Não somos malucos ou teóricos da conspiração, somos maridos, esposas e membros da família que perderam alguém – isso é tudo”, disse Eve.
“Seja qual for o dinheiro, não vai trazer a mãe do meu filho de volta.”
Ele disse que “muitas pessoas” sofreram ferimentos devido à vacina.
“Fomos levados a sentir que é um segredo sujo, que estamos falando sobre algo que não deveríamos estar falando”, disse Eve.
“Está estabelecido que foi causado pela vacinação contra o Covid da AstraZeneca – não é sobre a Covid, não é sobre quantas vidas a vacinação contra o Covid salvou, é sobre o que esta vacinação fez com Lisa e outras famílias e não sobre o sucesso dela ou se alguém é antivacina”.
Um advogado que representa as famílias disse que os danos estão sendo perseguidos com base no fato de que a vacina era um “produto defeituoso no sentido de que não era tão seguro quanto os consumidores em geral podiam razoavelmente esperar”.
Isso ocorre semanas depois que um estudo descobriu um risco elevado de morte relacionada ao coração em mulheres jovens que receberam vacinas não-mRNA.
O risco de morrer de problemas cardíacos foi três vezes e meia maior entre as mulheres jovens nas 12 semanas após uma única dose do tipo não mRNA da vacina do Covid, segundo o estudo conduzido pelo Escritório de Estatísticas Nacionais da Inglaterra.
A AstraZeneca foi a primeira vacina a ser aprovada no Reino Unido em dezembro de 2020. No entanto, ela não é mais usada e o governo não está solicitando nenhum suprimento futuro.
Em abril de 2021, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde confirmou uma ligação entre a vacina e os coágulos sanguíneos, mas disse que os benefícios continuaram a superar os riscos para a grande maioria das pessoas.
Os coágulos sanguíneos são listados como um efeito colateral “muito raro”.
Pesquisadores da Cardiff University e da Arizona State University disseram que isso pode acontecer quando o adenovírus contido na vacina se liga a um tipo de proteína no sangue, o que desencadeia uma reação em cadeia que resulta no desenvolvimento de coágulos sanguíneos.
A AstraZeneca disse à BBC que era “incapaz de comentar sobre questões legais em andamento”.
“A segurança do paciente é nossa maior prioridade e as autoridades reguladoras têm padrões claros e rigorosos para garantir o uso seguro de todos os medicamentos, incluindo vacinas. Nossas condolências vão para quem relatou problemas de saúde”, disse a empresa farmacêutica.
Ele disse que evidências de ensaios clínicos e dados mostraram que a vacina Covid tinha “um perfil de segurança aceitável” e que os benefícios “superam os riscos de efeitos colaterais extremamente raros”.
“Mais de 144 milhões de vacinas contra a Covid foram administradas na Inglaterra, o que ajudou o país a conviver com a Covid e salvou milhares de vidas”, disse o Departamento de Saúde e Assistência Social.
“Todas as vacinas usadas no Reino Unido passaram por testes clínicos robustos e atenderam aos rígidos padrões de segurança, eficácia e qualidade da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde”.
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