Reuters, 03/03/2023
BOGOTÁ, 03 de março (Reuters) – A Procuradoria-Geral da Colômbia disse nesta sexta-feira que iniciará uma investigação sobre as acusações de que o filho mais velho do presidente Gustavo Petro recebeu dinheiro de traficantes de drogas em troca de incluí-los nos esforços de paz de seu pai.
Nicolas Petro, um legislador da província de Atlantico, disse que não tem nada a ver com os esforços do presidente para fazer acordos de paz ou rendição com rebeldes e gangues criminosas, e chamou as acusações de "infundadas e prejudiciais".
Petro disse em um comunicado na quinta-feira que espera que seu irmão Juan Fernando Petro, que negou rumores semelhantes, e Nicolas tenham a chance de provar sua inocência.
O presidente havia chamado o gabinete do procurador-geral para investigar e Nicolas Petro saudou uma investigação em sua conta no Twitter na noite de quinta-feira.
Uma equipe de seus investigadores se reunirá com a mulher que fez as acusações contra Nicolas em Barranquilla, informou a procuradoria-geral em comunicado, e avaliará se ela requer alguma proteção.
A mulher, ex-companheira de Nicolas Petro, disse à mídia local que duas pessoas acusadas de envolvimento com o narcotráfico deram dinheiro a Nicolas para a campanha de seu pai, entre outros supostos atos de corrupção.
Uma investigação sobre as acusações contra o irmão de Petro começou em janeiro, acrescentaram os promotores.
O governo de Petro está trabalhando em uma lei que permitiria que gangues criminosas, incluindo traficantes de drogas, se rendam e testemunhem sobre suas atividades em troca de benefícios legais como sentenças reduzidas.
Esse esforço é uma parte da promessa de Petro de trazer 'paz total' à Colômbia, cujo conflito armado interno de seis décadas já matou pelo menos 450.000 pessoas.
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