Euronews, 10/03/2023
Um antigo membro das Testemunhas de Jeová matou pelo menos oito pessoas, na sequência de tiroteio num evento ligado ao culto, em Hamburgo, Alemanha, esta quinta-feira à noite. Oito pessoas ficaram feridas, quatro das quais se encontram em estado grave.
O atirador, revelaram esta sexta-feira as autoridades, era um homem de 35 anos, terá disparado mais de 100 vezes e suicidou-se após a chegada da polícia ao local, sendo contabilizado para o número de mortos.
O suspeito tinha uma licença de porte de arma e possuía legalmente uma pistola semiautomática. Segundo o chefe da polícia de Hamburgo, Ralf Martin Meyer, o atacante já tinha sido investigado pelas autoridades por suspeita de não reunir condições para portar armas de fogo. No entanto, o processo acabaria por concluir que nenhuma regra tinha sido infringida.
Os motivos para o ataque, já descrito pelo chanceler e antigo presidente da câmara de Hamburgo Olaf Scholz como um "ato brutal de violência", são ainda desconhecidos. No entanto, as autoridades não encontraram até ao momento qualquer evidência de ligação a um grupo terrorista.
Investigadores averiguam "motivo por trás do crime"
De acordo com a polícia de Hamburgo, os agentes chegaram ao local do crime pouco depois de terem recebido a primeira chamada para intervir, às 21h04.
Uma unidade de operações especiais que se encontrava nas proximidades chegou ao local às 21h09 e conseguiu separar o atirador da congregação, acrescentou o Ministro do Interior estadual de Hamburgo, Andy Grote.
Quando os agentes chegaram ao local dos disparos, um salão das Testemunhas de Jeová, num edifício moderno de três andares num bairro do norte da cidade, a polícia deparou-se, no piso térreo, com pessoas que apresentavam ferimentos de bala e ouviu um tiro vindo de um piso superior.
Foi nesse andar que encontraram uma pessoa fatalmente ferida, que julgam ser o atirador.
Horas depois do tiroteio, o porta-voz da Polícia de Hamburgo, Holger Vehren, acreditava já que o atacante tivesse agido sozinho, não havendo indicação de que mais alguém estivesse em fuga, e que parecia provável que o responsável pelo massacre estivesse ou no edifício, ou entre os mortos.
Ainda de acordo com Vehren, os agentes não tiveram de usar as suas armas de fogo.
Nas proximidades, a estudante Laura Bauch, ouviu "cerca de quatro períodos de disparos", segundo disse à agência noticiosa alemã dpa. "Houve sempre vários disparos nestes períodos, aproximadamente com intervalos de 20 segundos a um minuto", acrescentou.
Durante a noite, os investigadores forenses puderam ser vistos a andar pelo edifício. De acordo com a polícia, "a investigação sobre o motivo por trás do crime continua".
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