Startup de realidade virtual trabalhando em tecnologia para "reproduzir" memórias

TB, 26/02/2023 – Com Futurism 

Por Noor Al-Sibai 

É literalmente como um episódio de "Black Mirror". 

Reprodução

O distópico programa de TV "Black Mirror" está um passo mais perto de se tornar realidade, graças a uma startup de realidade virtual que permite aos usuários "reproduzir" suas memórias nos locais exatos onde elas já aconteceram.

Em uma demonstração em vídeo da tecnologia, a startup Wist Labs se gaba de que seu próximo software permitirá que os usuários acessem momentos preciosos "como [eles] se lembram deles", reproduzindo "memórias" gravadas sobrepostas a configurações específicas da vida real por meio de realidade aumentada.

De acordo com o site da Wist, o processo parece relativamente simples: os usuários podem usar um aplicativo para transformar um vídeo normal feito em seus smartphones em uma representação 3D e, em seguida, reproduzi-lo no local em seus navegadores da web, em seus telefones ou dentro de um VR fone de ouvido.

"Durante a captura, salvamos cor, profundidade, pose do dispositivo, áudio e informações de cena", disse o cofundador da Wist, Andrew McHugh, à Freethink no outono passado. "A profundidade é capturada usando os sensores LiDAR nos iPhones e iPads do modelo Pro."

Your memories — how you remember them pic.twitter.com/eRwIK6xYTF

— Wist: Immersive Memories (@WistLabs) February 21, 2023

Distopia, agora

Embora o conceito seja inegavelmente de alta tecnologia, muitas pessoas parecem meio desanimadas com o conceito aterrorizante de reproduzir memórias gravadas.

Como vários usuários do Twitter observaram, a demo é estranhamente reminiscente de um episódio anterior de "Black Mirror", "The Entire History of You", no qual um homem apaixonado repassa memórias recentes de um jantar filmado com seu cérebro sempre ativo por meio de um implante enquanto tenta descobrir se sua esposa o está traindo.

Outro usuário apontou para uma cena sentimental do filme "Minority Report" de 2002, baseado no romance de Philip K. Dick de mesmo título, em que o personagem principal reproduz uma memória de sua brincando com seu filho, cujo mesmo estilo visual pode ser visto na demonstração de Wist.

Ao contrário dos exemplos de ficção científica com os quais foi comparado, os usuários do VR do Wist estão, pelo menos, no controle das memórias que registram – e isso, pelo menos por enquanto, faz toda a diferença.

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Fonte:https://futurism.com/the-byte/vr-startup-replay-memories