BTB, 17/02/2023
Por Peter Caddle
Mais dois políticos socialistas com assento no Parlamento Europeu foram ligados ao escândalo de suborno em andamento no bloco, afirmou um relatório na quinta-feira.
As políticas esquerdistas Maria Arena e Alessandra Moretti se tornaram as mais recentes representantes no Parlamento Europeu a serem ligadas ao escândalo de suborno em curso do bloco, com a dupla supostamente sendo citada em um mandado de prisão visto por uma agência de notícias em Bruxelas.
A revelação eleva para seis o número de políticos do partido socialista ligados ao escândalo, com a dupla se juntando aos eurodeputados Marc Tarabella. Andrea Cozzolino, Eva Kaili, bem como o ex-deputado Pier Antonio Panzeri por serem acusados de corrupção dentro do bloco.
Panzeri já admitiu envolvimento no escândalo e prometeu trabalhar com as autoridades belgas em troca de uma sentença reduzida.
Enquanto isso, Cozzolino foi preso pelas autoridades, enquanto Kaili está atrás das grades aguardando julgamento.
De acordo com a reportagem publicada pelo POLITICO na quinta-feira, o mandado descreve Arena e Moretti como parte de um “quadrumvirato” no centro do escândalo, que supostamente envolve autoridades do Catar e Marrocos entregando dinheiro a autoridades na esperança de comprar influência em Bruxelas.
Diz-se que Panzeri foi o líder desta operação, com o mandado descrevendo-o como, em um estágiário, dando instruções a Arena e Moretti para influenciar uma resolução do parlamento sobre o Catar em 2021.
Moretti negou as acusações, dizendo ao POLITICO que ela “nunca seguiu as instruções do Sr. Panzeri em minha atividade política (sic)”.
A Breitbart Europe abordou a Arena para comentar.
Ex-Socialist MEP Admits Guilt in Bribery Scandal, Promises to Share ‘Revealing’ Details of EU Corruptionhttps://t.co/UCjUnTDUg6
— Breitbart London (@BreitbartLondon) January 19, 2023
A inclusão de ainda mais nomes em relação ao atual escândalo de suborno que assola o parlamento provavelmente só aumentará a dor de cabeça das autoridades em Bruxelas, que admitiram abertamente que as alegações prejudicaram muito a reputação da União Europeia e de seu parlamento.
O Qatargate também provou ser extremamente prejudicial para o grupo da Aliança Progressista de Socialistas e Democratas da UE, do qual Arena, Moretti, Tarabella, Cozzolino, Kailia e Panzeri eram todos membros.
Com as alegações de suborno até agora confinadas ao grupo de esquerda no Parlamento Europeu, alguns em Bruxelas fizeram acusações de que o escândalo de corrupção é uma questão de esquerda.
“Este é um problema socialista”, alegou na semana passada o chefe do principal rival do grupo S&D, o Partido Popular Europeu, que alegou que tal escândalo não poderia acontecer dentro de seu próprio grupo, já que ele “dirige rigorosamente o navio”.
Independentemente da veracidade dessas alegações, muitos oponentes da máquina (estatal) de Bruxelas aproveitaram a oportunidade para contra-atacar, com a líder do Front Nacional, Marine Le Pen, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán – ambos que já foram atacados pelo bloco no passado – usando o escândalo como uma oportunidade para apontar a hipocrisia dos burocratas.
“As salvaguardas anticorrupção do PE falharam miseravelmente”, escreveu Orbán online após as revelações de suborno. “Se queremos restaurar a confiança do público, é hora de abolir o Parlamento Europeu.”
Hungary’s Orbán Calls for EU Parliament to Be Abolished Amid Qatargate Corruption Scandalhttps://t.co/sp0zCHdafQ
— Breitbart London (@BreitbartLondon) December 23, 2022
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