VB, 06/01/2023
Por Ana Cristina Gomes
A carne cultivada, também conhecida como carne de laboratório, é produzida a partir de células do animal vivo e desenvolvido com tecnologias de bioengenharia, ou seja, sem abate.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que a demanda por carne deve aumentar em mais de dois terços nos próximos 40 anos. Porém, atualmente os métodos de produção não são nada sustentáveis.
Dessa maneira, a carne de laboratório surge como uma opção sustentável que mudará para sempre a maneira como comemos e encaramos os alimentos.
Por que estão produzindo carne cultivada?
Ao pensarmos na carne cultivada, é normal nos perguntarmos o porquê de necessitarmos dessa nova alternativa. Dessa forma, é relevante entendermos os motivos de precisarmos de um sistema alimentar mais sustentável.
A demanda global por carne impulsionou o desmatamento no mundo inteiro.
A fonte dessa informação é o relatório anual da Fleischatlas, publicado pela Fundação Heinrich Böll e Friends of the Earth Europe, que visa divulgar os impactos da indústria agropecuária no planeta.
A cadeia de produção de carne bovina desmata terras para cultivar soja e alimentar rebanhos de gado. A WWF informa que cerca de 79% da soja mundial vira ração animal, enquanto somente 18% são destinados para o consumo humano.
Dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente na Amazônica) apontam que o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu 29% em 2021, sendo o pior número em 10 anos.
Como acontece a produção?
O processo para gerar a carne cultivada consiste em retirar células do animal em uma biópsia indolor e nutrir essas substâncias até que criem um tecido muscular. Esse tecido é o principal componente consumido da carne animal.
Logo, com o tecido formado, temos como resultado um material igual ao da carne normal. O sabor e a textura dependem do laboratório responsável por criar a carne de laboratório e da qualidade de vida que o animal teve.
A carne cultivada é um produto de alta tecnologia que tem potencial para ser ecologicamente e moralmente responsável. Contudo, vale ressaltar que ela só pode se tornar uma alternativa à carne tradicional conquistando o mercado mundial, ou seja, com preço acessível para o consumidor e lucrativo para o produtor, o que exige técnicas de produção de alto volume e baixo custo.
Nota do editor do blog: a carne de laboratório não é nem sustentável, e nem saborosa. A ideia por trás de uma pecuária de laboratório não se dá somente para diminuir o consumo e diminuir o desmatamento – o que é falso –, mas também para minar o direito a propriedade privada, e acabar com o livre comércio. Com uma única cajadada, os ativistas e políticos que promovem isso acabam com o direito a propriedade, com o empreendedorismo, e também condicionam o comportamento dos cidadãos. Quantas terras serão demarcadas, ou tomadas por questões ambientais? Na Holanda, o efeito das políticas de nitrogênio está fazendo com que fazendeiros percam suas terras. Isso é totalitarismo mais nu e cru do que a carne de laboratório desses indivíduos. Se você acaba com a pecuária tradicional por alegadamente ela ser inimiga do clima, você basicamente força os cidadãos a depender dessa nova abordagem, sem a qual eles literalmente não terão alimento. Isso não é livre escolha, isso é coerção. As startups de carne cultivada estão recebendo bilhões de fundos de investimento bilionários, além de estarem sendo ajudadas diretamente por governos, que têm interesse em acabar com a propriedade privada. Os pecuaristas não têm nada, além de regulações, e multas por manter sua área delimitada de produção. Nunca se esqueçam disso.
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Fonte:https://veganbusiness.com.br/por-que-estao-produzindo-carne-cultivada/
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