5 de jan. de 2023

Elon Musk confirma interferência russa em campanha que levou Petro à vitória




PP, 04/01/2022 



Por Gabriela Moreno 



O apoio digital da Rússia ao Petro mostra que a popularidade do líder do Pacto Histórico não é espontânea. Houve suspeitas disso e dados durante as eleições de primeiro turno em maio, assim como no segundo turno em junho.

A Rússia está por trás das mensagens que circulam no Twitter a favor do presidente colombiano Gustavo Petro desde sua campanha. Isso é confirmado por arquivos secretos desclassificados pelo novo proprietário da empresa, Elon Musk, divulgados pelo jornalista americano Matthew Taibbi, editor da Substack.

Com a implantação de bots, que são conhecidos como programas que executam tarefas repetitivas, predefinidas e automatizadas, a criação de contas falsas e rótulos intencionais, Moscou potencializa o posicionamento do Petro na referida rede social.

O presidente colombiano não pode negar essa ingerência russa, principalmente agora, quando há documentos que apoiam a participação indevida da Rússia no debate público no país cafeeiro durante a disputa eleitoral do ano passado.

Com provas

Taibbi expôs as evidências em sua conta pessoal no Twitter. Ali são identificados os perfis que operam para projetar o presidente. Entre os perfis que se destacaram estavam: @yesid70202528; @alonso15922455, @willj84753699; @esperanzaprie16; @fernandohinca01; @jaime528629; @nanderas3; @cegatalisman2; @edwinpa81364652.

Há também tags identificadas para fins estratégicos. Destacam-se o #PactoHistorico, #PetroPresidente2022 e #PetroPresidenteColombia2022.

Agora, as perguntas sobre o apoio da mídia russa ao Petro estão crescendo. O senador Jota Pe Hernández condena a "#CeroLíneaEtica" que prevalece neste caso, enquanto o advogado Alejandro Bermejo conclui após a descoberta de que "Petro é um presidente ilegítimo".

Uma tendência confirmada

O apoio digital da Rússia ao Petro mostra que a popularidade do líder do Pacto Histórico não é espontânea. Houve suspeitas sobre isso e dados durante as eleições do primeiro turno em maio, bem como no segundo turno em junho, depois que o especialista em Mídias Sociais e Comunicação Política Digital da Universidade de Medellín, Juan Sebastián Delgado, publicou que, embora Petro foi listado com cinco milhões de seguidores no Twitter, também mostrou que 57% correspondiam a ' seguidores falsos' (seguidores falsos ou inativos).

É o mesmo período em que o Twitter detectou um comportamento incomum de bots em meio ao monitoramento de rotina focado na Venezuela, Cuba e Colômbia. Para a empresa de Musk, a irregularidade corresponde a um comportamento inautêntico coordenado.

É possível. Durante a campanha, o Petro contou com Amauri Chamarro, brasileiro especialista na criação de contas falsas conhecidas como "centros de trolls" e Sebastián Guanumen, outro estrategista digital que incentivou o "cruzamento da linha ética" para desacreditar os adversários do Petro.

Outro precedente que chama a atenção é o ataque da Rússia à Colômbia por meio de uma grande rede criminosa para desestabilizar a ordem pública e a democracia no país cafeeiro ao entregar recursos a grupos que lideram os distúrbios desde 2019. Uma investigação da Unidade de Informação e Finanças Análises (UIAF), inteligência do Exército e da Polícia e agências dos Estados Unidos confirmam que há russos na Colômbia com carteira de identidade estrangeira desde 2017 imersos em atividades irregulares  que incluem lavagem de dinheiro.

Um cenário suspeito

Além disso, um relatório do RCN em abril do ano passado revelou que a inteligência colombiana registrou a presença do coronel russo, especialista em espionagem cibernética, Dmitry Vladimirovich Tarants®v, que deixou os Estados Unidos em 2015 por supostamente ter intervindo nas eleições do ano seguinte.

Seu nome aparece em um relatório de inteligência do Senado dos EUA sobre a suposta interferência do governo russo nas eleições presidenciais de 2016, onde Tarantsov é acusado de realizar atividades de espionagem de 2014 a 2017 contra a infraestrutura eleitoral dos EUA nos níveis local e estadual por meio de métodos convencionais para obter informações classificadas, como "o recrutamento de pessoas por canais não autorizados e o uso de manobras de contra-vigilância durante as reuniões".

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Fonte:https://panampost.com/gabriela-moreno/2023/01/04/rusia-impulsa-a-petro-en-redes-con-bots-desde-la-campana-2/

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