29 de jan. de 2023

Dedo sensorial: Startup ensina a robôs a sensação de um toque




IE, 29/01/2023 



Por Loukia Papadopoulos 



O dispositivo é uma pinça movida exclusivamente por músculos e neurônios artificiais.

E se os robôs pudessem realmente sentir? Isso os tornaria mais eficientes em muitas tarefas em setores que vão desde viagens espaciais até medicina.

Uma nova startup afirma que a próxima geração de robótica contará com peles sensoriais, músculos fabricados e neurônios artificiais impressos em materiais flexíveis que lhes permitirão sentir, de acordo com um comunicado de imprensa publicado pela organização na sexta-feira.

"Estamos observando uma drástica tendência ascendente na automação em todas as áreas da indústria e logo veremos mais disso em nossa vida cotidiana", disse o Dr. Markus Henke, líder do grupo de pesquisa júnior no Instituto de Semicondutores e Microssistemas da TU Dresden e CEO da PowerOn.

O novo desenvolvimento é baseado na pesquisa colaborativa conduzida pela TU Dresden e pela Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, que explorou os fundamentos científicos de elastômeros dielétricos multifuncionais em robótica macia como parte de uma bolsa Marie Curie concedida pela Comissão Europeia. 

Avanços notáveis

A empresa de Henke, PowerON, foi fundada com a ajuda e o apoio de subsídios existentes de Dresden e financiamento de capital de risco e agora está alcançando alguns avanços bastante impressionantes.

"Assim que a tecnologia estiver avançada o suficiente, esperamos encontrar robôs não apenas na indústria, mas também em nossas vidas diárias", disse Henke. 

Agora, o engenheiro quer usar o primeiro produto de sua startup – um tipo de ponta de dedo sensorial para robôs industriais – para expandir substancialmente os campos de aplicação dos robôs e permitir que garras de robôs convencionais executem tarefas mais delicadas. 

As aplicações são muitas, como manuseio de itens frágeis, remoção de produtos de borracha de moldes de injeção, colheita de frutas e vegetais, ou até mesmo sendo implementado em casa e em cuidados médicos. 

A equipe de Henke está pronta para começar os testes práticos iniciais nas próximas semanas sendo o primeiro demonstrador a exibir a interação de pele sensível ao toque, músculos manufaturados e neurônios artificiais.

O dispositivo é uma garra movida exclusivamente por músculos artificiais, que por sua vez são controlados por neurônios artificiais. É ainda equipado com uma pele tátil que pode sentir como e onde um objeto está sendo agarrado.

Uma parceria frutífera

Para atingir esse marco impressionante, a PowerON trabalhou em estreita colaboração com a TU Dresden e é parceira no projeto de pesquisa de grande escala "6G-life". 

"Esta parceria é uma prova do potencial de cooperação entre a ciência e a indústria e como esses projetos colaborativos podem contribuir para a rápida transferência de descobertas científicas para produtos comerciais", disse o Prof. Andreas Richter, Presidente de Microssistemas e Diretor do Instituto de Semicondutores e Microssistemas.

Em novembro de 2021, os pesquisadores da Meta AI, em colaboração com a Carnegie Mellon University, anunciaram o desenvolvimento de uma nova pele que permitiria que os robôs sentissem. Chamava-se ReSkin e aproveitou os avanços em aprendizado de máquina e detecção magnética para oferecer uma solução versátil, ideal para uso repetido a longo prazo. 

Em julho de 2021, pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura (NUS) desenvolveram um material de espuma inteligente que permite que as mãos do robô se autorreparem e sintam objetos como a pele humana.

O novo material, chamado AiFoam, foi feito de um polímero de alta elasticidade que é infundido com partículas microscópicas de metal e minúsculos eletrodos.

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Fonte:https://interestingengineering.com/innovation/startup-teaches-robots-touch 

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