BU, 06/01/2023
Aproximadamente metade (51%) das pessoas no Reino Unido acredita que as carteiras físicas se tornarão menos relevantes à medida que as formas digitais de pagamento se tornarem cada vez mais populares, sugere uma nova pesquisa da Mastercard.
Os dados sugerem uma diminuição no uso de dinheiro no Reino Unido. De acordo com a Mastercard, cerca de 60% dos pagamentos eram feitos em dinheiro há uma década, com o UK Finance estimando que esse número cairá para 6% até 2031.
“Em contraste com uma década atrás, muitos que ainda carregam carteiras agora as veem mais como um local de arquivo pessoal do que como um recipiente para dinheiro físico e cartões”, comenta Kelly Devine, presidente da Mastercard no Reino Unido e na Irlanda.
“À medida que a tecnologia continua a evoluir, as carteiras encolhem e as pessoas adotam cada vez mais os métodos digitais de pagamento, nosso foco permanece em oferecer opções, conveniência e velocidade para as pessoas em todo o país.”
A pesquisa também destaca um aumento correspondente na adoção de métodos de pagamento digital globalmente, com 93% dos consumidores dizendo que considerarão o uso de meios alternativos de pagamento, como sem contato, código QR, biometria e transações de criptomoeda no próximo ano.
O setor financeiro da Escócia liderará os esforços de biometria do Reino Unido
Mais de um terço das pessoas que vivem na Grã-Bretanha (36%) concorda que a biometria será amplamente utilizada para pagamentos até 2025, de acordo com uma pesquisa separada.
Os números vêm de um novo relatório da Accenture, que foi recentemente discutido pelo chefe de banco comercial da empresa para o Reino Unido e Irlanda, Stuart Chalmers.
Escrevendo no The Scotsman, Chalmers observa que 7% dos 36% acima mencionados disseram que estariam dispostos a usar a biometria.
“Estimamos que isso se traduzirá em £ 95 bilhões [US$ 113,04 bilhões] de pagamentos no Reino Unido migrando para a biometria em dois anos”, escreve ele.
Ao mesmo tempo, Chalmers adverte que as pressões do custo de vida e as crescentes pressões sobre os orçamentos domésticos estão fazendo com que os consumidores escolham métodos de pagamento mais tradicionais para ajudar no orçamento, bem como para reduzir os juros da dívida.
Para enfrentar esses fatores negativos e explorar novas tecnologias, como o metaverso e fenômenos como os 'finfluenciadores', os bancos precisam evoluir ainda mais.
“À medida que surgem novas tendências de pagamentos, formas de envolver clientes e fatores de sustentabilidade, surgem oportunidades”, explica Chalmers.
“A tecnologia digital é o setor de crescimento mais rápido da Escócia, e a Escócia é o maior centro financeiro do Reino Unido fora de Londres, então existe o potencial para as organizações lideradas pela Escócia impulsionarem ainda mais o crescimento econômico.”
As alegações vêm alguns meses depois que o governo escocês revelou planos para testar sua nova plataforma de identidade digital no início deste ano.
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