TB, 17/01/2023 Com Futurism
Queda populacional
De acordo com o Bureau Nacional de Estatísticas da China, a população do país mais populoso do mundo diminuiu em 2022 – pela primeira vez em 60 anos, relata a CNBC.
A notícia pode ser o ponto de virada para uma mudança demográfica massiva e iminente, já que as pessoas lá têm menos filhos.
Os especialistas há muito previram que o país enfrentará uma queda populacional iminente e potencialmente desastrosa nos próximos anos, com alguns argumentando que sua população pode cair pela metade em apenas três décadas.
Basicamente, em uma época em que a população do país crescia rapidamente, suas tentativas de conter o crescimento exageraram – e quando as autoridades lá afrouxaram a política do filho único da China, já era tarde demais.
Contrações
De acordo com o Bureau Nacional de Estatísticas, a população da China caiu em 850.000 no ano passado para 1,41 bilhão, excluindo os estrangeiros. No mesmo período, experimentou cerca de um milhão a menos de nascimentos do que de mortes.
“A contração da população total reflete o impacto da pandemia e a desaceleração econômica associada na demanda por fertilidade”, disse o principal economista Yue Su em comunicado, conforme citado pela CNBC .
Mas à medida que os efeitos da pandemia do COVID-19 diminuem, Yue observou que a população pode crescer mais uma vez no curto prazo.
No cenário mundial, a China provavelmente passará por uma série de mudanças à medida que sua população começar a envelhecer rapidamente.
"A longo prazo, veremos uma China que o mundo nunca viu", disse Wang Feng, professor de sociologia da Universidade da Califórnia, ao The New York Times. "Não será mais a população jovem, vibrante e crescente."
"Vamos começar a apreciar a China, em termos de população, como uma população envelhecida e cada vez menor", acrescentou.
PIB encolhendo
E isso pode ter graves consequências econômicas para uma potência econômica que depende de sua considerável reserva de mão-de-obra.
De fato, de acordo com dados divulgados pelo governo da China, o produto interno bruto da China cresceu apenas 3%, um novo ponto baixo em quase quatro décadas.
Para impedir que a população diminua, as autoridades agora têm a tarefa de encorajar as mulheres a terem filhos, o que está se tornando cada vez mais difícil à medida que mais e mais mulheres se tornam mais educadas e optam por viver uma vida sem filhos.
Nota do editor do blog: para o The Byte "mulheres educadas" não têm filhos. Obviamente é inteligente morrer velha, divorciada, e isolada dos parentes férteis, para não sofrer depressão pela incapacidade de se tornar um adulto completo, tendo de vislumbrar grandes núcleos familiares deles. Enfim., tirando a idiotice do editor do site de lado, na realidade, uma diminuição da população da China não sinaliza somente um iminente colapso econômico chinês – o que ironicamente o The Byte declara inconscientemente como sendo uma das causas de falta de mão de obra no Ocidente. A diminuição populacional na China significa também problemas econômicos para as grandes companhias ocidentais, e uma desaceleração no setor de tecnologia, principalmente hardware. A China é o sustentáculo de empresas de tecnologia como Google e Apple. Mas também de empresas de calçados como a Nike e Adidas. O setor fabril norte-americano praticamente está na China. Muita da prosperidade do Ocidente foi conseguida na exploração da mão de obra chinesa. Isso foi feito nos anos 60, quando revoluções sexuais e métodos contraceptivos foram trazidos ao público. O resultado foi o decrescimento da população no Ocidente, com cada vez menos mão de obra, e o rápido envelhecimento da população. Tudo foi brilhantemente pensado pelos líderes ocidentais. Agora um colapso da China – mais um dólar cada vez mais desatrelado das transações internacionais – pode fazer com que os EUA fiquem de joelho muito em breve. As crises são planejadas ao longo dos anos, e executadas em etapas.
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Fonte:https://futurism.com/the-byte/chinas-population-dropped-first-time-60-years
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