ZN, 14/12/2022
Por Elieen Yu
A partir de 10 de janeiro do próximo ano, a nova lei exige que qualquer pessoa que ofereça tecnologia e serviços de "síntese profunda", incluindo deepfakes e realidade virtual, rotule essas imagens de acordo.
A China estabeleceu regras básicas para evitar que a tecnologia de "síntese profunda", incluindo deepfakes e realidade virtual, seja abusada. Qualquer pessoa que use esses serviços deve rotular as imagens de acordo e abster-se de usar a tecnologia para atividades que violem os regulamentos locais.
A Administração do Ciberespaço da China, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação e o Ministério da Segurança Pública divulgaram uma declaração conjunta exigindo que o uso de tecnologia e serviços de síntese profunda seja claramente indicado, para que não sejam confundidos com informações reais.
A vigorar a partir de 10 de janeiro do próximo ano, as novas regras visam proteger a segurança nacional e os valores sociais fundamentais do país, bem como salvaguardar os direitos e interesses dos cidadãos e das organizações, referente as agências governamentais.
Eles observaram que, embora a tecnologia de síntese tenha melhorado a experiência do usuário, ela também foi usada para se passar por identidades e disseminar informações falsas e prejudiciais que mancham a reputação das vítimas. Isso colocou em risco a segurança nacional e a estabilidade social.
Eles acrescentaram que os regulamentos são necessários para mitigar tais riscos e impulsionar o desenvolvimento "saudável" de novas tecnologias. As regras básicas também padronizariam o desenvolvimento de serviços de síntese profunda a garantirem que estejam alinhados com outras regulamentações relacionadas do país, incluindo segurança de dados e leis de proteção de informações pessoais.
As novas regras se aplicarão à tecnologia que usa aprendizado profundo, realidade virtual e outros algoritmos sintéticos para criar texto, imagens, vídeo, áudio e cenas virtuais, incluindo conversão de texto em fala, edição de voz, manipulação de gestos, simulação digital e Reconstrução 3D.
Além de não usar serviços de síntese profunda para produzir e disseminar informações proibidas pelas leis locais, os novos regulamentos também destacam a necessidade de implementar um sistema real de autenticação de dados de identidade, bem como outros sistemas de gerenciamento, como registro de usuários, revisão de mecanismo de algoritmo, segurança de dados, resposta de emergência e revisão ética. Além disso, medidas técnicas de segurança devem ser estabelecidas.
Estas regras de gestão e contratos de prestação de serviços devem ser divulgados. Os usuários também terão que implementar mecanismos para lidar com rumores de maneira oportuna, caso o uso de serviços de síntese profunda seja usado para publicar ou disseminar informações falsas. As agências governamentais relevantes também precisarão ser notificadas.
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Fonte:https://www.zdnet.com/article/china-lays-out-ground-rules-to-stem-deepfake-abuse/
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