Euronews, 20/10/2022
A primeira-ministra britânica, Liz Truss, anunciou, esta quinta-feira, ao início da tarde, que iria entregar a demissão ao rei Carlos III. Após 45 dias na liderança do governo, a mais curta na história do Reino Unido, Truss sucumbiu a um mês e meio de uma crise sem precedentes, com várias demissões no executivo e diversas políticas chumbadas, nomeadamente a reforma fiscal.
Reconheço, dada a situação, que não posso cumprir o mandato pelo qual fui eleita pelo Partido Conservador
Liz Truss
Primeira-ministra demissionária do Reino Unido
Os problemas no atual governo britânico começaram quando, a 23 de setembro, o então ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, deixou os mercados em alerta com o seu "mini-orçamento", um documento onde estava previsto um aumento dos impostos para as empresas e o fim do escalão mais alto de impostos, que taxa a 45% os cidadãos com mais rendimentos.
A polêmica gerada pelo anúncio das medidas acabaria por obrigar Truss a fazer marcha-atrás nos planos do executivo, fragilizando a sua posição dentro do próprio partido.
As últimas 24 horas foram marcadas por um conturbado debate parlamentar e inúmeros apelos à renúncia da primeira-ministra, inclusive dentro do Partido Conservador.
Frente ao número 10 de Downing Street, em Londres, Liz Truss começou por dizer que chegou ao cargo "numa altura de grande instabilidade económica e internacional".
🚨Reino Unido 🇬🇧: URGENTE
— Ivan Kleber (@lordivan22) October 20, 2022
Liz Truss renunciou ao cargo de primeiro-ministro.
Ela vai comunicar o Rei Charles III ainda hoje.
🚨Reino Unido 🇬🇧: Boris Johnson (Que está de férias no Caribe) é o favorito para assumir o lugar de Liz Truss como primeiro ministro britânico.
— Ivan Kleber (@lordivan22) October 20, 2022
Antes de anunciar não ter condições para exercer o cargo, ainda quis elencar o trabalho feito, dizendo que o governo que arrumou as "contas de energia" e estabeleceu "uma visão para uma economia de baixo imposto e alto crescimento que tiraria partido das liberdades de Brexit".
Truss disse ainda que pretende permanecer no cargo até ser encontrado o seu sucessor, algo que deverá acontecer após eleições na próxima semana.
Nota do editor do blog: era uma questão de tempo para Truss cair. Ela nunca teve uma chance, porque de fato ela nunca quis. George Eustice disse durante as eleições para a nomeação do primeiro-ministro que os candidatos falavam o que queriam, mas que na hora, prevaleceria a agenda redigida no manifesto do partido, de que o líder deverá se sujeitar a agenda internacional. Truss mandou o Rei Charles III não ir a um evento sobre "Mudanças Climáticas", e autorizou o fracking, além de ter revertido levemente algumas políticas de censura e woke que o Establishment adora. Para eles, os britânicos devem comer insetos calados, sem opinião, no frio, e no escuro, e sem sequer sonhar em criticá-los. Truss como deputada sempre votou a favor do aborto, da ideologia de gênero. Ela era o político ideal em um partido dominado por forças econômicas escusas, e organismos internacionais. O Partido Conservador é um partido do Establishment, e enquanto disputar (revezar) com os trabalhistas, o Reino Unido sempre marchará firme e a passos largos para sua escravidão.
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Fonte:https://pt.euronews.com/2022/10/20/primeira-ministra-britanica-demite-se
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