Euronews, 18/09/2022
A União Europeia recomenda suspender cerca de 7,5 mil milhões de euros de ajuda à Hungria devido a preocupações sobre má gestão de fundos.
Está em causa o recuo democrático e a possível má gestão do dinheiro da UE.
O Comissário do Orçamento, Johannes Hahn disse: "A Comissão propõe uma suspensão de 65% das autorizações para três programas operacionais sobre a política de coesão num montante estimado em 7,5 mil milhões de euros, o que representa mais de um terço da dotação da Hungria para a coesão e a proibição de celebrar compromissos jurídicos com o chamado interesse público".
Segundo Hahn, a Hungria tem até 19 de novembro para esclarecer as preocupações.
The @EU_Commission will now monitor the situation. #Hungary has committed to inform the #EC about the implementation of the remedial measures by 19 November, as also outlined in the timeline of our proposal.
— Johannes Hahn (@JHahnEU) September 18, 2022
Our ultimate objective is that the #EU_Budget is no longer at risk 3/3
Segundo os meios de comunicação húngaros, o governo nacionalista de Orban vai anunciar nova legislação na segunda-feira.
Os legisladores da UE expressaram na semana passada a preocupação de que este possa ser apenas um estratagema para ganhar tempo.
Hungria 🇭🇺: A União Europeia recomendou neste domingo a suspensão de cerca de 7,5 bilhões de euros em financiamento para a Hungria por corrupção, o primeiro caso desse tipo no bloco de 27 países sob uma nova sanção destinada a proteger melhor o Estado de Direito.
— Ivan Kleber (@lordivan22) September 18, 2022
O dinheiro seria proveniente dos "fundos de coesão" concedidos à Hungria. Este envelope de dinheiro, uma das maiores fatias do orçamento do bloco comunitário, ajuda os países a elevar as suas economias e infraestruturas aos padrões da União Europeia.
Qualquer ação para suspender os fundos deve ser aprovada pelos 27 países membros da UE, e isto requer uma "maioria qualificada", que ascende a 55% dos 27 membros, representando pelo menos 65% da população total da UE.
A Comissão Europeia acusou durante quase uma década o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, de desmantelar as instituições democráticas, assumindo o controlo dos meios de comunicação social e violando os direitos das minorias. Orban, que está em funções desde 2010, nega as acusações.
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