Euronews, 08/08/2022
Uma guerra comercial com a China custaria à Alemanha seis vezes mais do que o Brexit.
Este é o resultado da análise de um possível cenário de dissociação económica entre a República Popular da China e a União Europeia e a Alemanha feita pelo Instituto de Investigação Económica, IFO, para a Associação Empresarial da Baviera.
Neste contexto, a mais prejudicada seria a indústria automóvel com perdas superiores a oito mil milhões de dólares. Na última década os construtores alemães venderam em média anualmente 200 mil veículos no mercado chinês.
O setor da engenharia mecânica na Alemanha também teria de enfrentar tempos difíceis e, de acordo com os cálculos do IFO, teria de absorver uma perda de valor acrescentado superior a cinco mil milhões de dólares.
Com o modelo comercial do IFO, foram simulados cinco cenários, incluindo a dissociação dos países ocidentais da China, combinados com um acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos.
O estudo conclui que o acordo comercial transatlântico poderia amortecer os efeitos negativos da dissociação do Ocidente em relação à China nas economias alemã e americana, mas não compensá-los completamente.
No caso de se dissociarem da China, o instituto recomenda que a Alemanha e a União Europeia celebrem parcerias estratégicas e acordos de comércio livre com nações semelhantes.
Nota do editor do blog: isso é interessante, pois é a primeira vez que se fala sobre desassociar os mercados ocidentais dos da China. Isso talvez seja apenas uma forma velada de incutir nas pessoas um possível cenário nesse sentido. Como os mercados reagiriam com a China sendo expulsa do Mercado Internacional? Uma vez que o país pode estar na iminência de invadir Taiwan, o maior produtor de chips eletrônicos no mundo, isso tornaria as pessoas muito mais abertas a possibilidade se seguirem essas análises.
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