Euronews, 09/06/2022
Por Shona Murray
O Parlamento Europeu aprovou a proposta para acabar com a venda de carros com motor de combustão interna em 2035.
Na prática, aumenta a pressão sobre a indústria automóvel para mais investigação e para se acelerar para a transição elétrica.
Neste momento, comprar um veículo elétrico ainda é bastante caro para muitos consumidores.
Para os especialistas a ajuda dos governos será preciosa para se conseguir a queda dos preços.
"Neste momento, um carro elétrico ainda é uma proposta cara para o consumidor. Mas com o preço do combustível como está atualmente, os atrativos são bastante óbvios. Será preciso um esforço dos Estados, talvez até um esforço pan-europeu, para subsidiar o desenvolvimento de veículos elétricos. Se a ideia fosse vendê-los no mercado aberto neste momento com um custo realista, não seriam viáveis. Mas isso pode mudar rapidamente", sublinhou, em entrevista à Euronews, Conor Faughnan, especialista automóvel.
A proposta destina-se aos carros novos apenas, o que significa que os motores de combustão ainda poderão circular além da data.
Em relação aos veículos elétricos persistem dúvidas sobre as redes de recarga acessíveis ao público e para viagens de longa distância, bem como em relação à natureza ecológica das baterias dos carros.
Seja como for, apesar de alguns obstáculos, está claro que a transição para os elétricos é a melhor para o ambiente, no entender de Conor Faughnan: "sabemos que a maneira mais suja de se mover um carro é recorrer aos combustível fósseis e queimá-los, emitindo CO2 através do tubo de escape. Os veículos elétricos são claramente muito melhores do que isso. Há outras questões a jusante. Problemas que não vão resolver, como congestionamento de tráfego urbano. Também precisamos de saber onde é que vamos obter a nossa eletricidade e se estamos a obtê-la do petróleo russo ou do petróleo saudita. Podeira argumentar-se que não se fizeram muitos progressos. Por outro lado, se conseguirmos obter a nossa eletricidade de forma sustentável, isso carrega uma visão. A visão de uma mobilidade pessoal potencialmente livre de emissões de C02. E isso é um sonho maravilhoso."
Cabe aos governos dos 27 dar a palavra final.
Mas tudo indica que o lóbi automóvel tente diluir os planos.
O ministro alemão dos transportes manifestou-se contra, enquanto a Volkswagen diz que a meta de 2035 pode ser atingida.
Nota do editor do blog: como eu já disse em artigos anteriores: não haverá carros elétricos para todos, pois o futuro da mobilidade humana será revisado e reestruturado. Ao revisar o consumo de energia, toda a matriz energética, e cadeias produtivas terão de ser revisadas. O intuito é monitorar as pessoas, e fazer delas uma engrenagem humana nesse Sistema de Crédito Social baseado no comportamento. A mobilidade estará ligada ao comportamento do cidadão, e determinará seu consumo. Essa visão utópica é uma ilusão para atrair o público para a utopia. Toda essa transição será com pura dor, e ninguém que sair dela terá coisa alguma. Lembrem-se, pois essa é a meta. Eles dizem "ainda teremos carros que geram emissões, mas serão poucos no mercado". Como isso será possível se eles pretendem taxar as emissões? Os carros em linha não serão mais movidos a combustível, e os que sobrarem sofrerão altas taxas. Até 2035, a carga de taxação sob o carbono será colossal, e praticamente terá matado qualquer tentativa de manter um carro a gasolina e óleo diesel. Irônico o especialista falar sobre o problema dos engarrafamentos: eles pretendem diminuir população, o que significa que o uso de carros elétricos será ainda mais estrito, então basicamente a preocupação que ele esboça é apenas uma divagação, pois ele não dirá ao público as outras metas que envolve diminuir as pessoas que serão dependentes do transporte.
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