Ursula von der Leyen |
Euronews, 24/05/2022
Por Jack Parrouck
Ursula von der Leyen espera para breve um acordo entre os 27 Estados-membros da União Europeia a propósito do embargo ao petróleo russo. A presidente da Comissão Europeia falou com a Euronews à margem do Fórum Económico Mundial em Davos sobre esta questão, quando vários países mantêm reservas a um embargo total, e também sobre os planos de transição para uma energia verde.
"É um pacote de investimento de 300 mil milhões, 95% do qual vai para as energias renováveis. Por muito paradoxal que isso possa parecer, esta guerra e este comportamento da Rússia, tal como a nossa vontade de acabar com a dependência das energias fósseis russas, aceleram o Pacto Ecológico Europeu. É bom termos esta meta de reduzir as emissões poluentes em 55%, mas é preciso também acelerar e fazer um investimento em massa nas energias renováveis", disse.
Esta guerra e este comportamento da Rússia, tal como a nossa vontade de acabar com a dependência das energias fósseis russas, aceleram o Pacto Ecológico Europeu.
Ursula von der Leyen
Presidente da Comissão Europeia
Von der Leyen deixou também críticas ao que diz ser o uso, por parte da Rússia, das reservas alimentares como arma, tal como aconteceu no setor energético.
"Não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade de dialogar com a Rússia no que toca a desbloquear o Mar Negro, porque a Rússia já é responsável pela guerra e pela crise alimentar. Agora está, conscientemente, a bloquear o Mar Negro e é responsável pela fome de milhões de pessoas"
Não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade de dialogar com a Rússia no que toca a desbloquear o Mar Negro.
Ursula von der Leyen
Presidente da Comissão Europeia
A União Europeia prometeu abrir canais de solidariedade com a Ucrânia, ou seja, rotas alternativas para o país poder exportar cereais. É algo que vai ser discutido entre os ministros da agricultura dos 27 na reunião desta terça-feira em Bruxelas.
Nota do editor do blog: E porque não? Já estamos tentando nos livrar do asqueroso gás russo. Porque não nos livrarmos do asqueroso petróleo de uma vez, e assim juntamos o útil ao agradável: agradamos a mãe Terra, e também colocamos os russos em sujeição a Ordem Internacional. Mas a realidade não é como a União Europeia pinta na propaganda. A dependência do gás russo foi obra de Angela Merkel e Gerhard Schroeder, que com isso fizeram com que o restante da Europa assinasse com os russos. A dependência foi de caso pensado, pois o objetivo sempre foi trazer a crise oriunda dela, e colocar a mudança que queriam em matéria de energia em marcha. Não é a primeira vez que o alto escalão de Bruxelas louva o fato de que a guerra faz com que coloquem em prática a abolição dos combustíveis fósseis. Porém, isso força com que a União Europeia assine uma série de tratados com outros países para obter seu fornecimento, e isso coloca ainda mais em risco as soberanias nacionais. A desculpa de que as energias renováveis finalmente poderão emergir é ridícula: não há maneiras dessas fontes suprirem a Europa, que tem se livrado de uma das fontes mais viáveis, e alternativas aos combustíveis fósseis, a energia nuclear. As crises de energia só vão se intensificar, conforme países terceiros não veem benefícios nos tratados. Suas condições serão severas, e as ações dos atores de ambos os lados pode colocar a economia global em cheque. No fim, a guerra da Europa não é contra a Rússia, mas contra os combustíveis fósseis. A comida é apenas um bônus, pois ajudará a União Europeia em seu programa alimentar, que está atrelado ao European Health Data, e outros programas de centralização de dados. Os europeus além de correrem o risco de congelar esperando bons acordos com países ricos em petróleo, mas governados por déspotas, terão de se acostumar com a nova cultura de lavagem sintética, que a União Europeia também almeja como sendo sustentável.
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Fonte:https://pt.euronews.com/2022/05/24/ursula-von-der-leyen-guerra-acelera-a-transicao-ecologica
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