Euronews, 16/05/2022
Bruxelas e Washington pretendem reforçar as cadeias globais de abastecimento de forma a contrariarem os efeitos do conflito na Ucrânia.
A guerra lançou o caos na produção e disponibilidade de vários componentes essenciais o que agravou o custo de vida de ambos os lados do Atlântico.
É por isso que no segundo conselho União Europeia - Estados Unidos sobre comércio e tecnologia que decorreu em Paris esta segunda-feira, ambos os lados continuam a mostrar uma frente unida contra Moscou.
"É evidente que a agressão da Rússia contra a Ucrânia está a criar grandes rupturas. Diz respeito a muitos bens que atravessam as fronteiras. Antes de mais, diz respeito à energia, onde já temos uma cooperação tangível" disse o vice-presidente executivo e Comissário Europeu para o Comércio, Valdis Dombrovskis.
Por exemplo, os semicondutores, um componente essencial dos dispositivos electrónicos, é um dos produtos que regista maior escassez neste momento.
É por isso que a UE e os EUA querem criar um sistema de alerta para identificar perturbações globais na cadeia de produção de semicondutores.
""Conseguimos unir-nos imediatamente e ativar controlos de exportação extremos contra a Rússia, conseguimos basicamente, isolá-los de toda a tecnologia avançada de que necessitam para conduzir a sua operação militar" acrescentou Gina Raimondo, secretária norte-americana para o comércio.
O objetivo não é apenas lutar contra a Rússia, a China também será afetada. O país é um dos maiores produtores de semicondutores a nível mundial.
Bruxelas e Washington concordaram em alargar as cadeias de abastecimento de minerais raros, utilizados em muitos produtos electrónicos.
Tanto a UE como os EUA afirmam que vão continuar a apoiar Kiev na identificação de medidas que levem ao aumento do comércio e investimento no país.
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