27 de abr. de 2022

O jovem é o futuro: controle em massa através de causas sociais






Os franceses recentemente reelegeram Emmanuel Macron para presidência, e uma série de fatores foram preponderantes para sua vitória, entre eles, o medo de muitos franceses de perderem o bonde da modernidade, e estabilidade política, seu lugar como potência e líder dentro do bloco europeu, e todos os outros benefícios fiscais inerentes. Para muitos franceses, a França na verdade é vassala da Alemanha, e isso desde os anos 40, pois indubitavelmente a liderança da Europa está nas mãos da Alemanha. Para muitos, a França não é um país soberano, mas apenas uma engrenagem dentro da máquina política e econômica chamada União Europeia. Quaisquer aspirações ou declarações em contrário, de uma França soberana, soa fantasioso. 

Tal como nas relações exteriores, líderes europeus dos dois lados do espectro colocam os interesses de uma agenda internacional a frente da dos seus cidadãos. Isso é verdade na Europa, e também na  América: não importa de que ângulo você veja, os interesses internacionais estão sendo colocados as claras acima dos interesses nacionais. As crises atuais estão apenas afunilando (e dando publicidade a) essa prática. Na Europa moderna, os políticos devem se promover através de certos comprometimentos com agendas internacionais, caso contrário, a classe jornalística e formadores de opinião, ou políticos já no exercício de seus mandatos em cargos importantes (e com influência), não reconhecerão os tais como importantes e sérios. 

Líderes modernos para soberanias supranacionais.

Na Europa atual, ou você apoia uma agenda "moderna" e "sustentável", ou então é apenas um populista. Quaisquer declarações em sintonia com demandas reais da população soa mal aos ouvidos dos burocratas. Não tem conversa com eles: ou você promove uma agenda que está acima dos interesses nacionais, ou então está fora, e terá vida curta. Não importa se soberanamente e democraticamente o sujeito seja eleito, se a elite não o quiser, ele será destruído, e as percepções do público serão moldadas ao longo do seu mandato até que perca todo apoio, e logo seja execrado da vida pública. Através da imposição deste requisito, muitos políticos do sistema entram e se fazem valer do apoio da mídia, e dos políticos lotados nos salões da União Europeia. Não importa o quão desgastado o político esteja em casa diante das massas, a mídia local e internacional trabalhará sua imagem como alguém ainda razoável. 

Mácron, um jovem líder, no afã de atender as demandas da agenda climática, impôs um imposto sobre os combustíveis, e acabou prejudicando os trabalhadores. Muitos dos franceses votaram em Mácron por acreditar que por ser um lacaio da União Europeia, ele daria estabilidade ao país, não tentando uma aventura de tornar a França independente e verdadeiramente soberana. Para eles, estar sujeito à União Europeia é uma boa escolha, pois isso lhes trouxe muitas mudanças econômicas e sociais. Mesmo que internamente a situação esteja precária, eles ainda acreditam que a França independente é algo do passado, que a opaca estabilidade da União Europeia é insubstituível. A soberania Europeia é melhor que a soberania francesa.

Porém, ele foi eleito não prometendo somente sanar os eternos problemas que se perpetuam desde a gestão do seus antecessores, ele foi eleito, com aval do Establishment – e os franceses, compelidos pelo falso senso de estabilidade, lhe deram a chance de continuar – mesmo que a França esteja cansada e estagnada, em plena decadência em matéria de liberdades econômicas e cíveis. Para eles, contanto que um estado forte esteja lá para socorrê-los, Mácron pode pôr fogo no país, como Nero em Roma. 

Contudo, a agenda internacional de Mácron está tornando a vida na França um inferno, e os franceses só têm duas escolhas: 1) aguentar um líder “estável”, mas que os leve ao ponto de ruptura social 2) escolher a mudança, e não ter certeza do que está por vir. Eles escolheram a primeira opção, e ao se defrontarem com a agenda que veio no pacote com a eleição do “estável” Mácron, eles acabam pagando o preço. Os franceses acreditam que um despotismo local com aval dos que têm a chave do cofre (União Europeia) é melhor do que uma aventura. Essa aventura seria voltar a ser como eram antes de se tornarem dependente de Bruxelas, e de déspotas locais, para se sentirem estáveis e parte de um todo, no qual a França é um nada. 

A Inflação e escassez de produtos salvará o nosso planeta.

Para Emmanuel Mácron, não importa se os altos preços dos combustíveis vão corroer o poder de compra dos franceses, se os lockdowns vão fechar e quebrar os comércios, eles o elegeram para dar ao sistema aquilo que ele queria: o cumprimento total da agenda climática, para que a economia francesa colapse, e não tenha outra escolha a não ser implementar uma fatia maior do programa. Os franceses estavam cientes de que Mácron se elegeria com a intenção de cumprir essa agenda. Na propaganda de Mácron, é dito que o cumprimento desta agenda é muito importante para os franceses, e demonstrações através de algumas manifestações pagas atesta isso. A imprensa como sempre ajuda colocando especialista engrandecendo a agenda, e Mácron segue fazendo aquilo pelo qual foi eleito, que é cumprir a agenda. Os franceses simpatizam com a agenda do clima, mas não com sua implementação prática. Em tese, a substituição de combustíveis fósseis é possível com o corte no consumo, mas, na prática, ela é impossível, porque é dolorosa pra economia, e não há uma alternativa que possa servir de alicerce para uma série de setores da economia nacional. Os combustíveis fósseis são insubstituíveis a curto e longo prazo, não há uma maneira fácil de realocar novos recursos sem causar dano ao sistema nervoso da economia. Mácron sabe disso, mas os franceses não, por isso compraram a agenda, a incentivaram, mas não querem ela na prática. Sem substitutos para os combustíveis fósseis, os franceses aprendem da pior maneira possível que esses sacrifícios não são viáveis. 

Tal como seu homólogo, Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, também pretende taxar o carbono como uma forma de mostrar aos globalistas que está cumprindo a agenda, e a impondo a todos os canadenses que sofrerão economicamente. A questão do clima é uma catequese nas escolas e na mídia canadense, ninguém se opõe, todos salientam como o Canadá está a frente do seu tempo em estrangular o uso dos combustíveis fósseis em favor de “salvar o planeta” para a elite. Trudeau é taxativo como Mácron: todos terão de aceitar essas novas normas e se adaptar, não haverá retorno após a implementação. As reclamações e manifestações obviamente não serão toleradas, assim como aquelas dos caminhoneiros, que reclamavam exatamente dos altos preços dos combustíveis, causado pelos sucessivos lockdowns. Para o premier canadense, o consumo de combustíveis não é um ponto vital da economia e do ecossistema social canadense, mas sim um abuso de consumo, um sobrepeso capitalista da sociedade. Porém, essas mudanças causam transtorno a indústria, que por sua vez repassa o preço ao consumidor. Os canadenses pagarão mais caro por uma utopia, cujo objetivo não é ser alcançada, mas sim minar setores resistentes para um novo sistema de controle. Os que promovem alegremente a causa nas passeatas estão apenas colocando cordas em seus pescoços. 

A disrupção se torna inevitável. 

Todos esses programas de doutrinação em massa têm seu custo, e esse custo é a disrupção, o famoso ponto de ruptura. Os aderentes da causa das “Mudanças Climáticas” e “economia verde” são apenas outro aspecto das pessoas presas nestes programas, e que acabam se deparando com os efeitos colaterais disruptivos. As feministas entendem hoje que “mulheres trans” não podem competir nos esportes femininos, pois no fim são homens, e estão ocupando um espaço feminino e tirando a essência dessa categoria do esporte. Porém, elas foram programadas para pensar que não há gênero, e que não tendo gênero, todos sendo aquilo com o qual se reconhecem é melhor para a equidade. Mas essa equidade acabou de tirar delas uma modalidade única. Da pior maneira possível elas aprenderam que as causas que abraçam podem ser contraditórias não só na lógica, mas também na prática. Um negro pode perder o terreno do seu “ancestral” quilombola para um agrupamento indígena, e um indígena pode perder seu pedaço de terra para uma “área de preservação”. Essas contradições quando postas em prática aniquilam a realidade simulada criada pela programação cultural. 

As pessoas que entregam sua liberdade de consciência, de serem confrontadas com a crítica, e abraçam a imposição total e o cerceamento dos contrários, não demoram muito para aprender da pior maneira possível de que se entregaram demais, e que não há mais volta uma vez que você colocou o Estado no centro da sua vida. Os que apoiaram a perseguição aos contrários as medidas restritivas até hoje vivem uma paranoia, não conseguem tirar suas máscaras, e estão em constante medo de terem de ser trancados de novo. Muitos fingem, mas sabem que na próxima leva de fechamentos não suportarão a solidão e a tristeza. Nenhuma produção ruim da Netflix ou da HBO poderá salvá-lo da depressão, e a mídia os bombardeará dia e noite com a programação, de modo que isso os quebre. As feministas não poderão reivindicar exclusividade nos esportes, porque apoiam a ideia de gênero como construção social, os indígenas e cidadãos negros (“quilombolas”) não poderão reivindicar suas terras, porque apoiaram a ideia de áreas de preservação e controle estatal da propriedade em favor dos povos originários, os transicionados (de gênero sob tratamento hormonal) e operados (fisicamente) não poderão obter tratamento ‘para reversão’, pois apoiaram a ideia de banir qualquer iniciativa que desincentive a transição, ou que apoie a reversão dessas práticas. Todos esses grupos condicionados pela programação vão se arrepender no futuro, e amargar suas próprias escolhas.

Sacrifícios necessários para todas as causas politicamente corretas.

Assim sendo, essas pessoas foram condicionadas a abraçar todas as causas que colocam sua liberdade individual no altar do estado. Elas pensam de forma coletiva, pois são aderentes das políticas de identidade, por isso, se uma causa está entrelaçada a outra, eles a abraçarão sem pensar duas vezes e promoverão como sendo o mais alto padrão moral na face da Terra. Os programadores dessas pessoas fizeram isso deliberadamente, pois sabem que elas estão dispostas a abandonar toda sua individualidade pelo grupo. Quanto mais pautas agregam as causas, mais padronizadas como cidadãos maleáveis essas pessoas são. Alguém que adere as causas da esquerda está completamente engendrado em causas que são apenas programas de controle de massas, tais como: mudanças climáticas e energias renováveis (diminuição do consumo e controle dos recursos), programas sociais redistributivos (inchaço estatal, gastança, e inflação monetária), causas Trans e LGBT+ (controle estatal da educação e dos corpos), entre outras coisas que se eu enumerasse, não caberiam aqui. Para a elite, essa nova geração que estão moldando é o protótipo perfeito do escravo mental: ele não pensa por si só, ele não quer constituir família, ele é amoral, ele consome aquilo que lhe ditam, acreditando que está fazendo por causas nobres, ele aceita não ter direito a propriedade, e nem ao seu próprio corpo, ele está disposto a quebrar todas as regras, mas aquelas que lhe ofereçam liberdade. Essa é a nova geração, uma geração que almeja o fim de qualquer individualidade, como um sonho a se realizar. Quando o mundo estiver totalmente sob o controle autoritário de um líder que mande prender por crime de pensamento, então estaremos no final da história.  Tal como aconteceu nos lockdowns: todos acharam que era razoável sacrificar suas liberdades para tê-las, mas no fim eles se acostumaram com a ideia de que elas não são suas quando as ordens começam a ser dadas. Os fechamentos e as vacinas não enfraqueceram só seus sistemas imunológicos, mas seus sistemas de resistência a tirania, e ao medo. A elite não quer saber do sofrimento no processo da implementação de sua agenda, ela quer saber se você está doutrinado o suficiente para defender a continuidade deste sofrimento, acreditando que este é o único caminho, e nada além disso.

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