Fascismo corporativo das grandes empresas durante a Pandemia
Quando os lockdowns começaram junto com a vacinação mandatória, um número significativo de pessoas foram as ruas para protestar. Inicialmente, o número era modesto, pois somente os não-vacinados sofreriam restrições. Contudo, os antecedentes dessas decisões mostram que durante a pandemia, inicialmente não se falava em restrições ininterruptas, e em seguida, de punições para quem não observasse as regras, e por fim, que não haveria passaporte sanitário. Muitas dessas propostas que eram vistas no horizonte como possibilidades claras, tendo em vista sua implementação na ditadura chinesa – além da adoção de antemão aos lockdowns por países ocidentais – eram tidas como “teorias conspiratórias” na mídia, mas depois que se concretizaram tornaram-se a norma de civilidade na boca dos jornalistas e formadores de opinião. Após a vacinação mandatória, e o comprovante de vacinação exigido por algumas empresas e órgãos públicos, muitas pessoas que já haviam se submetido a terapia genética MRNA, começaram a contestar e se manifestar, pois estavam claramente tendo seus direitos tolhidos, apesar de obedecerem estritamente as exigências do estado e das corporações exigindo que abrissem mão do seus corpos.
Ao atrelar o passaporte sanitário a uma série de atividades cotidianas, e necessidades práticas, exigindo que empresas privadas fizessem (de forma obrigatória), ou a seu critério, os governos basicamente criaram uma divisão social sem precedentes. Além de banir pessoas de usufruir de serviços públicos e privados, como escolas, ou universidades, bancos, meios de transporte – teatros, cinemas e etc., – os governos e órgãos de saúde se intrometeram até na vida privada das pessoas. Nem mesmo reuniões familiares eram permitidas, e muito menos cultos religiosos. As casas começaram a ser vasculhadas para verificarem se não havia mais de cinco pessoas reunidas. Esse absurdo perdurou durante toda a pandemia, e boa parte dos poderes judiciais consentiram com essas violações dos direitos humanos.
As manifestações contra os abusos explodiram ao redor de todo o mundo. Aqui no Ocidente, manifestações rotineiras em estados eram vistas. Mas um lugar especial despertou o espanto de muitos: o Canadá. A maior amostra de como o poder corporativo tornou-se um braço insidioso do estado pôde ser visto no Canadá, quando caminhoneiros se manifestavam pacificamente, e o primeiro-ministro, Justin Trudeau, declarou estado de emergência através de um dispositivo constitucional, que outorga ao primeiro-ministro o poder de revogar os direitos constitucionais de todos os cidadãos canadenses. Para o fim de parar as manifestações, Trudeau fez uso de um dispositivo projetado somente para momentos de guerra, pois visto que o linchamento virtual, e o congelamento de doações de manifestantes não estava surtindo efeito, seu último recurso seria este. Muitos canadenses estavam solidários as manifestações, mas menos a mídia, que controlada por Trudeau inventou as mais absurdas acusações e motivos pelos quais a marcha era ilegal.
Trudeau, além de decretar a prisão dos líderes, e usar força policial excessiva, literalmente congelou o dinheiro nas contas dos manifestantes através de pressão exercida, ou auxílio dado, das companhias privadas. Uma cooperação para uma causa completamente inconstitucional, e totalmente contrária aos direitos humanos. As companhias, bem antes de Trudeau ordenar, já estavam congelando doações dos caminhoneiros; um claro ato de corporativismo político. Um país como o Canadá, que se diz democrático, e é membro da OTAN, não pode agir como bem quer e se safar. Mas foi o que aconteceu.
Invasão russa da Ucrânia.
No dia 23 de Fevereiro de 2022, a Rússia, após reconhecer as regiões separatistas ocupadas de Donetsk e Luhansk, lançou uma ofensiva total contra a Ucrânia, invadindo por vários flancos e infringindo perdas de vidas inestimáveis. Rapidamente a Comunidade Internacional se uniu em torno da Ucrânia em condenação, e em poucos dias, com o fracasso de negociações e condições absurdas dadas pela Federação Russa, a guerra ganhou mais ímpeto. Com este ímpeto, o ímpeto da Comunidade Internacional em agir foi rápido: rapidamente vários países lançaram sanções, e em pouco tempo, a Rússia estaria totalmente isolada do mundo, e sendo desnutrida financeiramente ao ser cortada do sistema global de pagamento, SWIFT. Bem como de bancos de todo mundo, e todas as linhas de negócios de várias partes do mundo.
Muitos políticos ocidentais, há muito desgastados pelas suas ações petulantes e irresponsáveis pela prolongação das medidas de confinamento, e imposições sanitárias draconianas, resolveram usar essa “nova crise” em benefício próprio. De Emmanuel Mácron a Justin Trudeau, todos os líderes pareciam heróis e puritanos defensores da liberdade e soberania. Logo, marchas para protestar em favor da Ucrânia foram permitidas aos milhares – inclusive em países onde manifestantes anti-lockdown foram presos e brutalizados pela polícia – enquanto os líderes e os canais de televisão mostravam com orgulho e emoção.
Rapidamente as empresas e bancos nacionais de cada país sob pressão decidiram cancelar negócios com os russos, e congelar algum dinheiro que estivessem em suas contas. Unilateralmente, várias empresas ao redor do mundo cancelaram as contas das empresas russas em velocidade recordes. E menos de três dias, o Rublo russo valia quase que o mesmo que o Bolívar venezuelano.
Consequências do poder corporativo na liberdade individual e na soberania nacional
Já é um problema quando um governo utiliza seu poder para cancelar as liberdades civis dos seus cidadãos, sob qualquer pretexto, mas quando isso é feito através de corporações, a coisa fica ainda pior. Muitas pessoas observaram a Rússia sendo cancelada e colocada no fundo do poço com entusiasmo, mas não pensaram nas consequências disso de modo geral. Se chefes de estado podem usar poderes para obrigar empresas a servir decretos ditatoriais, eles também podem coordenar ataques planejados a países não cumprem uma agenda internacional específica. Leandro Ruschel trouxe isso em um vídeo recente, e mostrou como a comunidade internacional em uma ação coordenada pode simplesmente isolar um estado por várias razões, sejam quais elas forem. Um bom exemplo são países que não cumprem certas agendas acordadas pela comunidade internacional por meio de tratados, como, por exemplo, a agenda climática. Leandro cita o Brasil, e as recentes ameaças do primeiro-ministro francês, e do presidente norte-americano, de intervenção e sanções ao Brasil, caso não proteja um patrimônio territorial o qual vocalmente alegam não ser nosso, mas do mundo. O primeiro, propôs uma intervenção internacional, de modo a internacionalizar nosso território, que ficaria sob a proteção de vários países soberanos. Já o segundo, prometeu sanções econômicas severas; o que causaria um imenso dano a nossa economia. Tendo essas ameaças em mente, e o interesse dessas nações em nosso território, e o poder exercido junto com corporações, o que impede que esses grupos isolem nosso país, ou quaisquer outros países, que não sigam os ditames internacionais e diversas matérias?
Um país católico, por exemplo, que não aprova o aborto, poderia ser sancionado pelas nações ao ponto de que sua única alternativa seria legalizá-lo, pois para os proponentes das sanções, contrariar estas políticas é o mesmo que infringir os direitos humanos, mesmo que menos de 2 por cento da população peça uma mudança nessa direção. Muitas pessoas podem pensar ser exagerado esse tipo de atitude, mas basta olhar para como um órgão como a União Europeia trata os seus próprios estados-membros. Polônia e Hungria têm dificuldades em conseguir empréstimos de bancos europeus, porque muitos políticos no Parlamento Europeu boicotam estes países. Muitas vezes até com ameaças de multas. Mas neste caso da Rússia, o precedente é muito mais perigoso, tendo em vista o quão a sério estes líderes estão levando sua agenda política. Eu aconselho as pessoas a não subestimar essa questão trazida por Leandro Ruschel, pois estamos às portas de 2030, e o cenário internacional está mudando, e para pior.
Eu não digo que o governo russo não mereça isso, certamente merece, mas se olharmos para outras ações e intenções dos líderes por trás dessa grande iniciativa, podemos – e com razão – ficar preocupados com a possibilidade de que isso configure um exercício rotineiro da Comunidade Internacional, não contra párias invasores promotores de guerra, mas contra nações soberanas que não seguem agendas políticas, mas somente aquelas que têm em vista a soberania e vontade popular. Já estão pipocando notícias de iniciativas de regulamentação do mercado cambial internacional, do sistema como um todo. Se nós já nos preocupamos com as ações das companhias de tecnologia, que boicotam e praticam censura prévia, censura corporativa, imagine então chefes de estado mal-intencionados, seguindo estritamente agendas internacionais, para as quais o não cumprimento de outros estados soberanos é visto como um ataque e “ecocídio”, ou “negação do reconhecimento de direitos”?
Muitas pessoas estão vendo a crise na Ucrânia por um prisma puramente ideológico, e não pensando nas consequências, não da bravura, e amor patriótico dos ucranianos, mas sim das ações dos líderes em torno da Rússia, e suas iniciativas de firmar a influência e o poder da comunidade, e seus órgãos estabelecidos. Enquanto os ucranianos lutam, os líderes aproveitam uma crise fresquinha para mostrar a possibilidade de agir coordenadamente contra estados soberanos democráticos. A Rússia é uma paria, mas um balão de ensaio para outros inimigos da agenda que são verdadeiramente democráticos. Por sinal, até demais para os globalistas, que não vão permitir que sigam sendo. Todos esperamos que a Ucrânia recupere sua soberania, e que a Rússia seja humilhada ao ponto de ficar acuda por alguns anos, mas não podemos contar com essa vitória como sendo uma ação benéfica, pois quando os globalistas movem suas peças no tabuleiro, isso significa que estamos entrando em um estágio perigoso. Em uma ditadura global corporativa, não há para onde fugir.
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