MM, 08/07/2022
O Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica do Irão anunciou hoje a morte de dois oficiais superiores num ataque israelita na manhã de segunda-feira, nos arredores de Damasco, na Síria, ameaçando retaliar "este crime".
"Os coronéis dos Guardiões Ehsan Karbalaipur e Morteza Saidnejad tombaram como mártires, um crime cometido pelo regime sionista num ataque com um foguete [...]", escreveu a divisão das Forças Armadas iraniana no seu 'site' na Internet Sepah News.
"O regime sionista [Israel, nota do editor] vai pagar por este crime", prometeram os Guardiões.
No dia antes, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) havia anunciado a morte de dois combatentes pró-iranianos em ataques israelitas perto da capital síria.
Segundo o OSDH, os ataques tiveram como alvo "um depósito de armas e munições operado por milícias apoiadas pelo Irão perto do Aeroporto Internacional de Damasco".
O Irão, em conjunto com a Rússia, forneceu apoio financeiro e militar ao Presidente sírio, Bashar al-Assad, no conflito que surgiu na Síria em 2011.
Teerã diz que enviou forças para a Síria a convite de Damasco e apenas para missões consultivas.
Já Israel realizou pelo menos sete ataques aéreos na Síria desde o início do ano, informou o OSDH, que, segundo o qual, mataram dois soldados sírios e quatro combatentes de milícias apoiadas pelo Irão perto de Damasco em fevereiro.
Desde o início da guerra em território sírio, há 11 anos, Israel fez centenas de ataques aéreos no seu país vizinho, visando posições do Exército, bem como combatentes do Hezbollah do Líbano e outras milícias apoiadas por Teerã.
Israel raramente comenta os ataques, mas afirma que não vai permitir que o seu inimigo Irão expanda a sua influência na Síria.
O conflito (guerra civil) já matou cerca de 500 mil pessoas, devastou infraestruturas do país e deslocou milhões de refugiados.
Nota do editor do blog: o autor do texto relata a narrativa dominante sobre a guerra na Síria da seguinte forma:
“Desencadeada em 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra na Síria tornou-se mais complexa ao longo dos anos com o envolvimento de potências regionais e internacionais e a ascensão de 'jihadistas'.”Falso: a guerra na Síria não foi uma resposta a repressão de Assad contra manifestantes pró-democracia, isso é falso como narrativa relatada (que não pertence ao autor), e mentira na sua formulação como relato histórico sobre a guerra. A guerra civil síria se desenrolou após os levantes durante a Primavera Árabe promovida pela Irmandade Muçulmana, com apoio da Casa Branca, sob a administração de Barack Obama. Esses jihadistas que ele menciona são exatamente as pessoas que estavam fomentando manifestações e se levantando contra Assad, para precipitar uma resposta armada do regime e iniciar a guerra civil. Os rebeldes sírios são jihadistas, e eles queriam tirar Assad do poder para expandir a influência da Irmandade Muçulmana no país. Todos os rebeldes sírios são responsáveis diretos, antes mesmo de o Estado Islâmico vir a existir, após terem se desmembrado da aliança rebelde (que formou o Estado Islâmico sírio – ISIS), pela morte de cristãos e civis sírios. Assad respondeu com violência correspondente, porque os rebeldes usaram a população civil para usar de escudo, enquanto lançavam ataques contra as forças do regime. A Primavera Árabe não foi nenhuma luta pela democracia, mas uma luta pra trocar um regime por outro tão assassino quanto.
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