Imagem arquivo Daily Express |
Euronews, 22/02/2022 Resumo:
Independência das áreas Separatistas ocupadas
A Rússia reconheceu a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, aprofundando ainda mais a crise entre Moscovo e Kiev.
Vladimir Putin assinou dois tratados de amizade e assistência mútua com os dois líderes separatistas. Nos documentos, o presidente assume a mobilização de tropas russas para os enclaves, como um esforço para "manter a paz".
Num discurso transmitido pela televisão, Vladimir Putin justifica a assinatura dos acordos sublinhando que "a escolha da segurança não deve constituir uma ameaça para outros Estados, e a adesão da Ucrânia à NATO é uma ameaça direta à segurança da Rússia".
As agências de notícias afirmam que colunas de tanques e materiais bélicos foram vistos as circular pela cidade de Donetsk. Frisam, no entanto, não terem qualquer insígnia visível.
As autoridades ucranianas já reagiram, acusando a Rússia de destruir as conversações de paz.
Num discurso à nação, o presidente ucraniano excluiu quaisquer concessões territoriais
Volodymyr Zelensky espera que, agora, os parceiros da Ucrânia tomem "medidas de apoio claras e eficazes". O chefe de Estados diz ter chegado a altura de perceber quem são os verdadeiros amigos do país "e quem continuará a assustar a Federação Russa com palavras." Zelenskyy afirma, ainda, que está empenhado "num acordo político diplomático" e que a Ucrânia não sucumbirá "a quaisquer provocações."
União Europeia avalia sanções contra a Rússia
A União Europeia (UE) prepara-se para adotar sanções contra a Rússia. Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 reúnem-se em Paris de urgência num Conselho informal para discutir, esta tarde, o pacote de medidas a aplicar.
A decisão surge no rescaldo da declaração do presidente russo Vladimir Putin que ontem reconheceu a independência das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk.
Alemanha suspende certificação do Nord Stream 2
É a resposta da Alemanha depois da Rússia reconhecer formalmente as duas regiões separatistas do leste da Ucrânia. Olaf Scholz anunciou em Berlim uma paragem temporária do gasoduto russo-alemão Nord Stream 2.
"Hoje, pedi ao Ministério Federal da Economia para retirar o relatório sobre a análise da segurança do abastecimento na Agência Federal de Redes. Parece um passo técnico, mas é o necessário, ao abrigo da lei administrativa, para que nenhuma certificação do gasoduto possa ter lugar. E o Nord Stream 2 não pode entrar em funcionamento sem esta certificação”, disse o chanceler alemão, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, acrescentando que o assunto vai ser "reexaminado" pelo governo alemão.
Por outro lado, Scholz apelou aos esforços diplomáticos entre os "ocidentais" e a Rússia para que seja evitada "uma catástrofe", referindo-se ao reconhecimento da Rússia da independência das autoproclamadas repúblicas populares (separatistas) do leste da Ucrânia.
"São importantes as primeiras sanções para evitar um novo agravamento e uma catástrofe", disse o chanceler alemão. "O objetivo de todos são os esforços diplomáticos", acrescentou Scholz, sublinhando que "oitenta anos depois do final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) uma guerra ameaça a Europa de Leste".
Artigos recomendados: Rússia e Ucrânia
Nenhum comentário:
Postar um comentário