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15 de fev. de 2022

Juan Orlando Hernández: Polícia prende ex-líder hondurenho por acusações de narcotráfico




BBC, 15/02/2022 



O ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández foi preso por tráfico de drogas.

A polícia foi enviada para sua casa na capital Tegucigalpa horas depois que os EUA solicitaram sua extradição para impedi-lo de sair do país.

Eles (Hernández e sua família) se mudaram quando um mandado de prisão foi emitido. Ele se rendeu e foi escoltado de sua casa algemado.

Hernández governou Honduras de 2014 a janeiro deste ano. Ele nega as acusações contra ele.

Ele é acusado de estar envolvido em uma rede de narcotráfico que incluía seu irmão mais novo, Tony Hernández, que no ano passado foi condenado nos EUA à prisão perpétua.

Durante o julgamento de Tony Hernández, os promotores alegaram que o infame traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán entregou pessoalmente a Tony Hernández US$ 1 milhão.

Segundo os promotores, "El Chapo" Guzmán disse ao jovem Hernández para passar o dinheiro para seu irmão Juan Orlando como suborno.

Honduras tem sido há anos um importante país de trânsito de drogas contrabandeadas da América do Sul para os Estados Unidos e, mais recentemente, também se tornou um lugar onde a cocaína é produzida.

Juan Orlando Hernández sempre sustentou que fez tudo o que estava ao seu alcance para combater o narcotráfico e, durante o governo do presidente Donald Trump, contou com o apoio do governo dos EUA.

Mas seu relacionamento com os EUA azedou sob o presidente Joe Biden.

Na semana passada, o Departamento de Estado dos EUA revelou que Hernández havia sido adicionado a uma lista de pessoas impedidas de entrar nos EUA por supostas atividades corruptas.

Em um comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que havia relatos "credíveis" de que o ex-líder hondurenho "se envolveu em corrupção significativa ao cometer ou facilitar atos de corrupção e narcotráfico, e usar o produto de atividades ilícitas para facilitar campanhas políticas

".

Hernández respondeu às declarações de Blinken dizendo que as acusações contra ele se baseavam em declarações fornecidas por traficantes de drogas condenados, que, segundo ele, queriam vingança.

Seu advogado havia argumentado que ele tinha imunidade à prisão por ser membro do parlamento centro-americano.

Mas especialistas jurídicos dizem que a imunidade fornecida pelo órgão regional pode ser levantada se o país de origem do membro o solicitar.

Nota: do autor do blog; Deve-se levar em consideração as acusações de Hernández, visto como nossa política latino-americana é conturbada, cheia de pessoas que dizem ser uma coisa, mas na realidade são outra. Um bom exemplo são os direitistas Maurício Macri, que se endividou com o FMI em troca de aprovar o aborto no país, Sebastián Piñera, que entregou uma nova constituição chilena para grupos terroristas urbanos, e Martin Vizcarra e Pedro Pablo Kuczynski, ambos do mesmo partido liberal e que fizeram mais políticas de esquerda que a própria esquerda. Além, é claro, de terem deformado o sistema jurídico peruano em causa própria. É um fato que Hernández pode muito bem ser aquilo do que o acusam, mas também é fato que  isso pode ser uma retaliação a alguma traição dele para com os interesses de terceiros. Quando se trata de acusações contra figuras políticas, sejam elas de que lado for do espectro político, eu recomendo que observem muito bem, pois nem sempre os interesses são o de fazer justiça, mas de tentar tirar da frente um obstáculo. Na Guatemala, o governo Biden tomou a mesma atitude, com pressões no presidente Alejandro Giammattei, através de uma acusação de obstrução para a nomeação de juízes. Um dos candidatos ao cargo, a procuradora guatemalteca, Thelma Aldana, foi acusada de corrupção antes de ser indicada para o cargo de juíza, mas os Estados Unidos não extraditaram ela, mesmo após solicitação da justiça guatemalteca. Pelo contrário: Kamala Harris, vice de Biden se encontrou com ela para prestar apoio, como se a mesma fosse uma perseguida política. No jogo político, tudo é interesse, nada pode ser levado levianamente como um ato sem segundas intenções. Não digo que Hernández é inocente, mas não confio no governo dos Estados Unidos, pois seus interesses em promover o aborto e agenda globalista na região, inclusive por meio de juízes usurpadores, não é novidade. E só para lembrar: a atual presidente de Honduras é Xiomara Castro, esposa do ex-narco presidente de Honduras, Manuel Zelaya, que antes mesmo de Hernández foi acusado de cooperar com o narcotráfico no país. Ele nunca foi pedido pela justiça americana a ponto de ser extraditado pelas autoridades  hondurenhas. Por que será? 

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Fonte:https://www.bbc.com/news/world-latin-america-60387156?xtor=AL-72-%5Bpartner%5D-%5Bbbc.news.twitter%5D-%5Bheadline%5D-%5Bnews%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D&at_campaign=64&at_custom1=%5Bpost+type%5D&at_custom4=797A0B1C-8E54-11EC-9811-1E044844363C&at_custom3=%40BBCWorld&at_medium=custom7&at_custom2=twitter

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