Incêndio em uma igreja na Finlândia 2016 |
LifeNews, 17/02/2022
Por Fred Lucas
Um tribunal na Finlândia ouviu os argumentos finais nesta semana na acusação de um membro do Parlamento e um bispo luterano por expressar oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Acusados sob a “lei de agitação étnica” da Finlândia estão Päivi Räsänen, um membro do Parlamento que também é médica e ex-ministra do Interior, e o bispo luterano Juhana Pohjola. Cada um pode pegar até dois anos de prisão se for condenado.
Andrew Brunson , um pastor americano que ficou preso na Turquia por cerca de dois anos, viajou para a Finlândia em nome do Family Research Council, um instituto educacional focado em valores tradicionais, para os argumentos finais que terminaram na terça-feira.
Brunson trouxe 14.000 pedidos de oração para os dois réus, disse o presidente da FRC, Tony Perkins, ao The Daily Signal, acrescentando que o tribunal finlandês provavelmente emitirá uma decisão no início de março.
Räsänen, 62, publicou um panfleto em 2004 sobre o ensino da Bíblia sobre o casamento. Em 2019, ela estava em um programa de rádio e twittou uma foto de uma passagem da Bíblia.
Ela é acusada de três acusações de violação da lei de agitação étnica da Finlândia.
As autoridades acusaram Pohjola de violar a lei em conexão com a hospedagem do panfleto de Räsänen no site de sua igreja.
Esse tipo de processo pode chegar a outras democracias ocidentais, incluindo os Estados Unidos, disse o deputado Chip Roy, R-Texas.
“A ideia de cristãos sendo perseguidos na América apenas por viver nossa fé não está tão distante”, disse Roy ao The Daily Signal em um comunicado por escrito, acrescentando:
Na verdade, já vimos isso acontecer aqui com Jack Phillips e o Masterpiece Cakeshop (confeitaria de Jack) no Colorado, e um treinador de futebol no estado de Washington — Joseph Kennedy — sendo demitido por orar depois dos jogos de futebol do ensino médio. Pense em toda a vigilância acontecendo, nas intrusões persistentes em nossas liberdades.
Roy co-escreveu um artigo de opinião com Perkins para a Fox News sobre o caso, observando que um promotor havia dito que “a Bíblia não pode anular a lei finlandesa”. O promotor também disse que o uso da palavra “pecado” pode ser “prejudicial”, escreveram eles.
“Em relação à lei finlandesa no centro deste caso, enfrentamos a possibilidade de ter um problema semelhante com a lei americana no futuro, principalmente se os democratas conseguirem aprovar a Lei da Igualdade”, disse Roy ao The Daily Signal. “É por isso que os republicanos não podem se concentrar apenas em retomar a Câmara ou a Casa Branca; temos que lutar para recuperar a América. Nossa liberdade depende disso.”
No início do caso, a promotoria disse que as declarações de Räsänen “violam a igualdade e a dignidade dos homossexuais, de modo que transcendem os limites da liberdade de expressão e religião”.
Em sua defesa, Räsänen disse:
"Em última análise, as três acusações feitas contra mim têm a ver com se é permitido na Finlândia expressar sua convicção baseada no ensino tradicional da Bíblia e das igrejas cristãs. Não vejo que teria de alguma forma difamado os homossexuais cuja dignidade humana e direitos humanos tenho dito constantemente para respeitar e defender".
Perkins disse que a acusação finlandesa pode ser um “prenúncio” de leis semelhantes nas democracias ocidentais.
“Isso pode ser um aviso para o que está por vir, mesmo nas democracias liberais, se elas se perderem na liberdade religiosa e no cristianismo”, disse Perkins ao The Daily Signal em entrevista por telefone.
O chefe do Conselho de Pesquisa da Família disse que a Lei da Igualdade, aprovada pela Câmara dos Deputados controlada pelos democratas, representa ameaças ao discurso religioso e à liberdade religiosa dos americanos.
Esse projeto de lei estagnou no Senado, onde democratas e republicanos controlam 50 cadeiras cada. Se aprovado, o projeto de lei adicionaria orientação sexual e identidade de gênero como características protegidas pela Lei dos Direitos Civis de 1964.
Os críticos afirmam que o projeto de lei afetaria negativamente os pais, agências de adoção, organizações religiosas e escolas, e esportes femininos e femininos.
“Isso está chegando à América se seguirmos esse caminho”, disse Perkins, alertando para uma situação em que “os cidadãos simplesmente não podem expressar ou agir de acordo com as crenças [bíblicas]”.
“A Finlândia diz que é bom ter crenças na Bíblia... desde que essas crenças permaneçam entre seus ouvidos. Isso não é liberdade religiosa”, disse ele. “A civilização ocidental é um subproduto de uma visão de mundo judaico-cristã.”
Nota do autor do blog: A Finlândia não é o primeiro país a instaurar leis de proteção para um suposto grupo minoritário, muitos outros o fizeram, e o resultado foi sempre o mesmo: divisão da população em castas e conflitos sociais. Muitos dos defensores do Casamento Igualitário dizem que não têm nada de marxista, ou totalitário nas suas propostas de leis de proteção, visto que supostamente essas leis só buscam dar garantias a um grupo que não tinha reconhecimento, e que sofrera e sempre sofreu discriminação.
Como um país escandinavo, a Finlândia também sofre dos males do pós-modernismo: uma sociedade fragmentada, com valores sendo erodidos através da cultura e do sistema de ensino, e até mesmo de certas igrejas – a aderência ao igualitarismo tornou a Escandinávia presa de políticas de identidade, tais como o Multiculturalismo e identidade de gênero. Em especial, o Multiculturalismo tem causado mais danos, pois estabelece que os cidadãos nativos são apenas servos da comunidade global, e cuja identidade está estabelecida em uma série de valores progressistas que não prezam a nação, ou os valores que moldaram ela até este presente século, mas sim valores que afastam os países ocidentais dos antigos valores "maus" que faziam de suas nações algo único.
Sob o modelo Escandinavo de Igualitarismo e Direitos Humanos, todos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros. Você só terá proteção legal se pertencer a uma das classes agraciadas dentro das leis estabelecidas, caso contrário, corre o risco de ser marginalizado como agitador social, ou pregador de discurso de ódio. O fato dos próprios proponentes das leis de “discurso de ódio” não definirem o que é um discurso de ódio prova que a lei em si é uma aberração jurídica, pois infringe todas as outras leis e sempre (pelo menos no que se vê nas decisões dos tribunais) prevalecem sobre os direitos dos demais cidadãos. O Multiculturalismo tornou-se uma arma para criar tensão cultural e étnica em países étnica e culturalmente homogêneos, pois mesmo com a adoção do Marxismo em todos os campos da sociedade – em suas instituições – não é o suficiente para causar distúrbios necessários para forçar uma mudança social de cima para baixo. Com grupos étnicos de culturas relativamente hostis (e até entre si) a nova cultura pós-moderna europeia, de autocensura, e obstrução do discurso público, eles conseguem as tensões necessárias para criar o conflito que necessitam.
É por isso que países como a Finlândia adotam essas leis, pois sabem que elas vão entrar em atrito com os "direitos" recém-concedidos a grupos os quais adotaram para se tornarem os problemas sociais que antes não tinham – tendo em vista a homogeneidade étnica e cultural. Com estrangeiros entrando nesse contexto, as tensões ganham uma dimensão maior, pois as autoridades certamente (e deliberadamente) enfrentarão um conflito entre diversos grupos os quais devem defender. Os homossexuais reclamarão dos imigrantes muçulmanos que os discriminam, mas os muçulmanos também devem ser protegidos, pois faz parte da sua cultura discriminar homossexuais. Isso criará conflitos que não podem ser resolvidos, pois todas as soluções terão de ser uma via de duas mãos. Os únicos que sofrerão de fato são os cristãos, que sendo minoria, já estarão tão enquadrados nas leis discriminatórias marxistas, que mal poderão ser vistos nesse turbilhão cultural.
Ao contrário do que os países europeus, ou as autoridades dos países escandinavos dizem, os cristãos sofrem discriminação, e são os mais perseguidos mundo a fora; algo para qual as autoridades fecham os olhos. Porém, eles também são perseguidos em países "democráticos" como a Finlândia: basta ver as queimas de igrejas, que tornaram rotina no país escandinavo, bem como em vários outros da região (Escandinava), e no Ocidente de modo geral. Multiculturalismo, Teoria Crítica Racial, Ideologia de Gênero e Teoria Crítica: cada uma dessas teses estão sendo implementadas em larga escala, durante anos, afim de causar conflitos e disrrupção social. Hoje as massas aceitaram tanta aberração, que os proponentes dessa engenharia se sentem encorajados a continuar os experimentos. O que a lei de Casamento Igualitário causou ao mundo ocidental? Igualdade? Não: ela relativizou o casamento, e se utilizou dele para criar ainda mais divisão de classe, tornando o convívio social insuportável, e a intromissão das autoridades (ao contrário do que dizem sobre a lei em si) e até de grupos privados ainda mais presente, na tentativa de moldar nossos valores.
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