O ditador russo, Vladimir Putin, e seu fiel bicho de estimação, o ditador comunista Lukashenko (da Bielorrússia), enviaram tropas para o Cazaquistão para conter os protestos contra o aumento no preço do gás, e a ditadura comunista que já perdura no país há décadas. Putin quer garantir que alguns de seus feudos na Eurásia permaneçam sob controle, e por isso, garantiu aos ditadores cazaques que, enquanto a Rússia estiver por perto, ninguém ousará contestar ou ameaçar o poder dos ditadores locais.
A ONU já tenta pôr panos quentes sobre a questão, e enquanto isso os Estados Unidos continuam no ritmo de sempre sob Baiden mostrando fraqueza, e retórica vazia.
"O secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou um apelo à contenção das forças militares nacionais e estrangeiras presentes no Cazaquistão."
Fonte: Euronews
"Em nome dos bielorrussos, gostaria de me dirigir a estas pessoas, aos manifestantes. Alguém lhes chama "bandidos". Eu diria simplesmente: "Bem, fizeram algum barulho, gritaram e isso é suficiente". Portanto, é necessário, como dizem, ajoelhar-se e pedir desculpa aos militares, a fim de suavizar a rutura que surgiu. E depois é necessário sentar-se com as autoridades, com Tokayev - ele convida todos - para negociações sobre a construção do Estado, mas para nós [bielorrussos], isto é uma lição".
Lukashenko, ditador bielorruso
Fonte: Euronews.
A lógica de Putin com essas pequenas ditaduras locais é a mesma que a China utiliza em sua armadilha da dívida: ela garante aos fantoches locais estabilidade, mas aos poucos vai tomando seus territórios por meio dessas pequenas pressões políticas e sociais, ao ponto de que toda soberania esteja sob o julgo do Kremlin. Quanto mais dependentes do poder militar russo os países ficam, mais a Rússia se aproxima de assimilá-los de vez, e torná-los parte integral da Federação Russa.
A Ucrânia quase passou por isso com Viktor Yanukovych, o presidente fantoche que estava tentando assinar um pacto ao estilo Cazaquistão com a Federação Russa, sob as mesmas garantias de estabilidade e manutenção da ordem através de repressão do Estado. Porém, além da rejeição do povo ucraniano, que há muito foi torturado pelos russos na era soviética, outros atores globais também entraram em cena para minguar os planos russos, e criar uma oposição aos planos de Putin na região. Mas com o decrepito presidente Biden na presidência, as coisas tendem a mudar, e a maré parece mais favorável a Rússia e aos inimigos dos Estados Unidos.
Putin também espera fazer ganhos em outro hemisfério, o ocidental, onde tanto Trump quanto Biden parece negligenciar seu potencial caótico. Mas ao contrário de Biden, Trump ainda tentava remediar as consequências das políticas dos democratas nos países vizinhos, por meio de ações concretas para proteger os interesses dos Estados Unidos. Biden, por outro lado, parece disposto a manter o status quo, mas permitir que o caos se estabeleça, e que os Estados Unidos absolva todas as consequências a curto e longo prazo.
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