Martín Vizcarra, atual presidente do Peru |
LR, 07 de fevereiro de 2019.
Por Beatriz Mejía.
Usar uma entidade como o Conselho Nacional de Justiça para ameaçar todos os procuradores e juízes que não se alinham com a ideologia de gênero, começou a dar frutos venenosos.
Declarada a decisão da administração da justiça através da criação de um falso referendo para criar o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional de Reforma do Judiciário, incrivelmente presidido pelo Presidente da República que atua contra os poderes do estado, você começa perceber os primeiros efeitos do controle político do judiciário, com sentenças que em vez de garantir a Ordem Constitucional e os direitos fundamentais de todos os peruanos, sendo violados [diga-se de passagem], apela para uma linguagem dupla e pérfida que está sendo imposta por este governo como estratégia de manipulação social.
E ao fazer isso fazendo uso de uma entidade como o Conselho Nacional de Justiça composta de membros ligados ao governo, funcionando como a espada de Dâmocles, a ameaçar cortar as cabeças de todos os promotores e juízes que são não-alinhados com a ideologia de gênero, religião oficial do governo e do mundo que nos é imposto na educação e em todas as políticas públicas para destruir a nossa cultura e implantar o Anticristianismo, os frutos venenosos já começam a serem dados.
O voto da juíza do supremo Carmen Martinez Maravi para resolver contendas na resolução da ação popular interposta pelo movimento Pais em Ação para que se declare inconstitucional a Resolução do Minedu que aprovou o Currículo Nacional 2017 contendo a ideologia de gênero que foi consultada pelos pais, simplesmente torna esses mesmos argumentos igualitários do governo falsos, como se um assessor do Minedu tivesse escrito e conseguido enganar o juiz com a história de igualdade. Mas os fundamentos falsos da votação se agravam quando observamos os discursos do juiz para que o Ministério da Educação continue a aplicar a “abordagem de gênero”. O que obviamente está além do escopo da solicitação da reivindicação e, portanto, excede os limites da devida resolução, evidenciando uma atitude emocional.
Conhecendo as qualidades de honestidade e competência intelectual e conhecimento da lei a juíza Martínez deve chegar à lamentável conclusão que a ameaça desenfreada do Conselho Nacional de Justiça começou a dar dolorosos frutos, com o perigo iminente de desamparo legal e o fechamento de portas para o acesso à justiça no Peru.
A ditadura da corrupção fujimorista tinha a capacidade perversa de alinhar os promotores e juízes aos seus propósitos e métodos, usando um projeto de reforma judicial; qualquer semelhança com a ditadura atual não é mero acaso, com uma diferença, é que a de agora tem o propósito de corrupção internacional que tem por objetivo converter o Peru em uma colônia de um governo estrangeiro, isto é muito mais grave e configura crimes sistemáticos de genocídio e traição à pátria.
Momentos cruciais em que podemos reconhecer os juízes heroicos que são capazes de declarar a verdadeira justiça contra o poder do braço abusador, juízes tutelares dos direitos da nação e a integridade e soberania do país.
Nota: Vizcarra utilizou a corrupção dos Fujimori e dos casos da Odebrecht envolvendo juízes para emplacar uma reforma. Essa reforma, que veio com boas intenções, no fim acabou servindo somente aos seus interesses ideológicos que, por meio dela, pode agora forçar promotores a seguir sua agenda anticristã sem resistência alguma. Ninguém jamais se oporia as reformas que visam endireitar o corrupto âmbito judiciário. Porém, ninguém percebeu que agora Vizcarra usa a sua corrupção nesse novo e reformado âmbito para emplacar suas políticas que são contrárias aos anseios da população que já o rechaça.
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