Euronews, 08 de fevereiro de 2019.
O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, colocou condições para a realização de um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron.
No centro do escalar de tensões entre Paris e Roma está a visita a Paris do vice primeiro-ministro italiano, Luigi di Maio e encontro com elementos do movimento dos coletes amarelos.
Num gesto inédito desde a Segunda Guerra Mundial, na quinta-feira, Paris convocou o embaixador francês na capital italiana, Christian Masset.
O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, afirma que está disponível para se reunir com o presidente Macron mas colocou condições.
Disponibilissimi a incontrare il presidente #Macron e il governo francese, sederci a un tavolo e affrontare, per quanto riguarda le mie competenze, tre questioni fondamentali. pic.twitter.com/jrMdKMp6im— Matteo Salvini (@matteosalvinimi) 7 de fevereiro de 2019
Entre as condições conta-se a devolução de migrantes a Itália, o fim dos controlos fronteiriços ocasionais na fronteira entre os dois países e o caso de 15 extremistas de esquerda italianos que desde há décadas se encontram refugiados em França.
"A primeira condição é que há décadas que 15 terroristas italianos andam a beber champagne em França enquanto deviam estar em Itália na cadeia. Se o governo francês nos der o que é nosso estamos preparados para os acolher".
"Nos últimos dois anos, na fronteira entre a Itália e a França, o governo francês, o mesmo que nos dá lições em generosidade e hospitalidade, rejeitou mais de 60 mil migrantes, incluindo mulheres e crianças, abandonando alguns na floresta durante a noite, na minha opinião não é assim que um país civilizado se comporta. A terceira condição é que a polícia francesa deixe de controlar os comboios entre Itália e França afetando as vidas de todos os italianos que trabalham do outro lado da fronteira", anunciou o alto funcionário italiano.
O vice primeiro-ministro italaino, Luigi di Maio defendeu a decisão de se encontrar com os coletes amarelos. No passado, di Maio já havia acusado a França de neocolonialismo.
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