Obrador e o seu homólogo, Maduro |
NTN24, 06 de novembro de 2018
Na Câmara do Congresso mexicano, a bancada Morena não permitiu o debate sobre a presença de Nicolás Maduro na inauguração de López Obrador.
A anunciada visita do presidente venezuelano Nicolás Maduro para o México para a inauguração do governo de esquerda de Manuel López Obrador como presidente provocou duras críticas terça-feira tendo como destaque gritos e acusações na Câmara dos Representantes.
Dias atrás, a equipe de López Obrador confirmou que Maduro participará da cerimônia de inauguração em 1º de dezembro, na que será a primeira visita do venezuelano ao México como presidente, de acordo com a agência de notícias EFE.
Entre gritos de “Viva Venezuela, Maduro” os deputados do partido conservador Partido Ação Nacional (PAN) tentaram apresentar e discutir um ponto de acordo pedindo a López Obrador para retirar o convite para Maduro.
Mas Morena, o partido do presidente eleito, que goza de uma maioria absoluta, rejeitou a proposta por um show patético de gesticulações e gritos “Fora, Fora!” dirigido à bancada do PAN, segunda força no Legislativo.
O escândalo chegou a tal ponto que a deputada Dulce Maria Sauri, do Partido Revolucionário (PRI) e presidente do conselho da Câmara, teve de suspender a sessão.
Uma enxurrada de críticas explodiu nas redes sociais e entre alguns analistas após a visita de Maduro ao México ser confirmada.
Em resposta, a equipe de López Obrador indicou que em seu governo eles procurarão estabelecer laços de amizade com todas as nações.
Durante as duas presidenciais do PAN, de 2000 a 2012, o México teve profundas diferenças com a Venezuela e seu então presidente Hugo Chávez, o que acabou levando à aposentadoria dos embaixadores.
As tensões baixaram de nível, com o presidente Enrique Peña Nieto, embora o México seja um dos mais movimentados dos chamados Grupo dos países de Lima, composto por 14 nações das Américas a procura de ajudar a resolver a crise política [ditadura socialista] e econômica que se abate sobre a Venezuela.
Alguns críticos de López Obrador advertiram que, sob a sua presidência, o México poderia seguir o mesmo caminho da Venezuela e comparam o seu estilo ao do falecido Chávez.
O esquerdista mexicano de 64 anos rejeitou que ele tenha semelhança com Chávez e garantiu que nem mesmo o conheceu pessoalmente ou falou com ele.
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Os mexicanos votaram em um esquerdista, e não querem que ele se comporte como um esquerdista?
ResponderExcluirDifícil, viu?????