NTN24, 19 de setembro de 2018
O chanceler da República Dominicana, Miguel Vargas, lembrou que seu país foi mediador no diálogo entre o governo de Maduro e a oposição venezuelana, mas que nenhum acordo foi alcançado.
O ministro das Relações Exteriores da República Dominicana, Miguel Vargas, disse que o seu país rejeita qualquer intervenção militar na Venezuela, após o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, não descartar essa possibilidade.
“Qualquer ato que leve a intervenção militar de um país no outro é uma violação da soberania desse, como aconteceu nesse país que foi vítima, em 1965, de uma intervenção militar dos Estados Unidos”, disse Vargas em entrevista publicada quarta-feira pelo diário local El Caraíbas.
Na última sexta-feira em uma conferência de imprensa que deu no lado colombiano da ponte internacional Simón Bolivar, a poucos metros da fronteira com a Venezuela, Almagro tinha sido consultado sobre uma possível intervenção militar e disse que “não devemos descartar qualquer opção”.
“Rejeitamos e descartamos qualquer tipo de intervenção na busca pela paz e estabilidade na Venezuela”, disse o chefe da diplomacia dominicana.
Vargas lembrou que seu país mediou o diálogo entre o Governo de Maduro e a oposição venezuelana na busca de uma solução pacífica para a crise que assola o país, mas não chegaram a um acordo, disse ele, por posições “muito intransigente” por parte do Governo e uma “fragmentação do antichavismo”.
Nota do autor: Em 1965, um ditador comunista havia subido ao poder [Juan Bosch] por meio de um golpe de assassinato de um opositor, e prometia [como todos os países aspirantes de ditaduras vermelhas] tornar o país uma república socialista. Os Estados Unidos, que estavam lutando contra a expansão soviética tanto no Leste Europeu, quanto aqui, tiveram de interferir para impedir o avanço soviético por meio dos seus fantoches nas Américas.
A intervenção durou pouco mais de um ano. O atual presidente dominicano é Danilo Medina, que foi descoberto envolvido com a Odebrecht e o propinoduto do Foro de São Paulo, para políticos de toda a região, para que fizessem políticas que fossem em direção aos seus interesses. O chanceler [Miguel Vargas] faz parte do partido do presidente, o Partido da Libertação Dominicana [PLD], o mesmo partido que tentou implantar uma ditadura Comunista nos anos 60 no país.
Um dos maiores problemas da política americana nos últimos anos é o de não mostrar as razões pelas quais lutava no passado, ao lado de líder dispostos, em um período em que o continente estava pegando fogo, como nos anos 60, em que Cuba, satélite da URSS estava fomentando revoluções por todo o continente. Os Estados Unidos, ou, mais propriamente os políticos americanos deixaram o contexto histórico de cooperação no limbo, e isso tornou-se uma narrativa inversa da esquerda, que tenta pintar o país como intervencionista, quando na realidade muitas das suas intervenções impediram tragédias como esta que está acontecendo na Venezuela.
Nenhuma delas [das intervenções] ocorreram sem a cooperação com cidadãos dos países. Militares ou políticos e até civis. A recusa em querer uma solução militar nada mais é do que cumplicidade, pois a maioria desses líderes estavam recebendo dinheiro dessa ditadura chavista para se calar. Os Estados Unidos estão trabalhando sob um ponto cego, no qual não veem o Foro de São Paulo. Ou a nova administração abre os olhos para isso, e se desfaz dos assessores políticos que estão de olhos tapados, ou então, a nação mais poderosa do mundo vai ficar andando em círculos, sem saber qual é a organização por trás de tudo isso.
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