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23 de ago. de 2018

Grupo terrorista islâmico o "Estado Islâmico" divulga mensagem do líder




Euronews, 23 de agosto de 2018 






O grupo terrorista autoproclamado "Estado Islâmico" (também conhecido como "daesh", "ISIL" ou "ISIS") já perdeu quase todo o território que chegou a controlar na Síria e no Iraque, mas ainda não se dá por derrotado.

Esta semana, através de uma suposta mensagem audio atribuída ao líder do grupo, os jiadistas voltaram a tentar mostrar ao mundo que, apesar de algumas derrotas, continuam vivos.


Abu Bakr al-Baghdadi falou de alguns dos ataques isolados que têm ocorrido, nomeadamente no Canadá e em partes da Europa, e apelou aos apoiantes externos do califado para manterem a luta contra os "cruzados e os apóstatas" com "tiros, facadas ou uma explosão", o que é, ouve-se na declaração, "equivalente a milhares de ataques" nos territórios do grupo.


A mensagem dura cerca de 55 minutos, foi divulgada através da rede social Telegram pela Fundação al-Furqan e surge quase um ano depois da última comunicação conhecida de Al-Baghdadi, mas sem precisar a data em que estas palavras foram registadas.

As referências aos recentes ataques terroristas e a saudação aos fiéis por ocasião do Eid al-Adha, a "Festa do Sacrifício" que se assinala esta semana no calendário muçulmano, são as únicas pistas para se calcular a atualidade da gravação.


Abu Bakr al-Baghdadi é alvo de um prémio de captura de 25 milhões de dólares (€21,5 milhões) e, embora já tenham surgido notícias da sua morte ou de ter ficado ferido com gravidade em alguns combates, crê-se que se mantenha escondido no deserto algures entre a Síria e o Iraque.

Na mesma região, as Nações Unidas estimam haver entre 20 mil a 30 mil combatentes afetos a grupos terroristas como a Al-Qaeda ou o "daesh", apesar das derrotas dos jiadistas em Mosul e Raqqa e da diminuição do recrutamento de estrangeiros por estas organizações criminosas.

O número de combatentes é muito superior ao anteriormente avançado pelos serviços de inteligência americanos e foi revelado num relatório preparado por um painel de especialistas da ONU, publicado a 13 de agosto.

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