Imigrantes pulam cerca na cidade de Ceuta em 22 de agosto de 2018 |
Epoch Times, 23 de agosto de 2018
Por Anastasia Gubin
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, diante dos acontecimentos em Ceuta registrados hoje, respondeu que está tratando do assunto com os países de origem dos imigrantes
Imigrantes africanos usaram ácido, cal e bolas de fezes para atacar e ferir os guardas da fronteira da cidade de Ceuta que tentavam impedir sua passagem.
O grupo de cerca de 200 homens entrou usando violência contra os agentes para saltar a cerca na fronteira de Ceuta, na parte que separa a cidade autônoma de Marrocos pela área da Finca Berrocal.
“Assim como aconteceu na última vez, os imigrantes usaram alicates e marretas para cortar a proteção externa e interna da cerca e, quando os agentes da Guarda Civil tentaram evitar que saltassem, usaram contra eles pedras, paus, bolas de fezes com cal, objetos afiados de elaboração própria, lança-chamas caseiros e até mesmo um tipo ainda não identificado de ácido, o qual eles jogaram contra seus rostos”, informou a polícia segundo o site Liberdade Digital.
Sete agentes da Benemérita foram atendidos pela Cruz Vermelha nos arredores da cerca, e um deles foi transferido para o hospital da cidade autônoma.
As imagens seguintes mostram os imigrantes ilegais depois de entrarem em Ceuta:
Não é a primeira vez que eles utilizam cal para ferir os policiais e conseguir entrar à força. Eles passaram pelo mesmo lugar onde outros 602 imigrantes fizeram o mesmo no dia 26 de julho. O aumento da violência está causando agitação na sociedade.
“Uma vez em Ceuta, os subsaarianos em massa se dirigiram para o Centro de Permanência Temporária de Imigrantes (Ceti), que ainda está em colapso e usando barracas improvisadas”, informou El Cofidencial.
Foi assim que eles celebraram sua chegada, segundo reportagem da Europa Press:
Nos escritórios do Ceti informaram a chegada de 115 pessoas, e ainda estão à espera dos restantes.
“Eles estavam em um grupo escondido no mato, fugindo das batidas feitas pela polícia marroquina. Eles tiraram proveito de ser época da festa das ovelhas, porque o número de policiais no Marrocos estava reduzido, para pular a cerca”, explicou a polícia para o Liberdade Digital.
A Guarda enviou uma saudação em solidariedade aos agentes feridos. “Um abraço com o nosso desejo de pronta recuperação para os 7 guardas civis feridos por queimaduras de ácido e cal ao tentar evitar a invasão de imigrantes através da cerca do perímetro fronteiriço de Ceuta”, escreveu em seu Twitter.
A Associação Unificada de Guardas Civis (AUGC), por outro lado, pediu ao Ministério do interior para aumentar o número de agentes, permitir o uso de material anti-distúrbios e consertar as câmeras de segurança.
“Diante dessa situação, e como já solicitado na última invasão que aconteceu no final de julho, o AUGC volta a solicitar que se permita o uso de meios para o controle de multidões, como escudos que podem proteger contra os produtos jogados nos rostos dos policiais, e material anti-distúrbio que possa conter essas invasões violentas. Caso contrário, tememos que essa escalada de violência possa até mesmo pôr em perigo a vida de um agente”, disse a associação.
O presidente do Partido Popular espanhol, Pablo Casado, destacou em uma de suas mensagens no Twitter que nos últimos meses “triplicou a imigração ilegal”.
“Exijo que o governo tome medidas imediatas para reforçar as nossas fronteiras e apoiar a Guarda Civil contra a imigração irregular. Todo o meu apreço para os agentes que sofreram outra agressão violenta em outra invasão em massa através da cerca”, ele escreveu em outra publicação.
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, diante dos acontecimentos em Ceuta registrados hoje, respondeu que está tratando do assunto com os países de origem dos imigrantes.
“O governo está trabalhando por meio do diálogo e da cooperação com os países de origem e de trânsito e por uma gestão comum, eficiente e humanitária da questão da imigração”, escreveu ele em sua rede social.
Foi sol de pouca dura: Migrantes que entraram em Ceuta reencaminhados para Marrocos
O sonho de estar em terreno da unios 116 migrantes que conseguiram entrar em Ceuta esta terça-feira tiveram de regressar a Marrocos.
A operação acontece depois do grupo de refugiados ter usado armas químicas e ter recorrido à violência contra os guardas fronteiriços.
Esta ação, não muito usual , vai contra o acordo entre Marrocos e Ceuta, de 1992, em relação às políticas migratórias, mas o minsitro do interior espanhol garante que a expulsão é "totalmente legal", uma vez que Marrocos "está disposto a aceitar novamente as pessoas".
O Centro de Permanência Temporária de Imigrantes em Ceuta, o lugar onde estão todos aqueles que conseguiram saltar a vedação da fronteira, lotado desde a última vaga de migrantes que entraram em terras espanholas, foi visitado pela polícia nacional, a qual identificou, um a um, todos os 116 refugiados que agora regressaram para Marrocos, com exceção de dois menores desacompanhados, que podem permanecer em terras da União Europeia.
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