Euronews, 27 de agosto de 2018
O referendo anticorrupção, na Colômbia, não conseguiu votos suficientes para ser considerado válido. As pessoas foram chamadas às mesas de voto para se pronunciarem sobre medidas de combate à corrupção, nomeadamente na área da política.
"Ficou claro que a Colômbia não aguenta mais corrupção"
–Iván Duque
Presidente da Colômbia
O referendo só seria considerado válido caso um terço da população participasse, ou seja, 12 milhões e 600 mil pessoas, o que acabou por nao acontecer. Segundo dados oficiais, apenas 11.605.596 responderam ao referendo.
"Ficou claro que a Colômbia não aguenta mais corrupção", disse Iván Duque, presidente do país.
O referendo foi lançado durante a anterior legislatura da ex-senadora do Partido Verde (oposição), Claudia Lopez, e aprovado este ano pelo Senado, com três milhões de assinaturas.
Os eleitores foram chamados a pronunciar-se sobre sete medidas que incluíam desde a redução dos salários de altos funcionários e deputados ao fim das penas de prisão domiciliária, passando pelo congelamento dos bens dos condenados. Propunha-se também a limitação do número de mandatos políticos e a obrigação de prestação de contas para os parlamentares, além da proibição de contratos com o Estado para empresas condenadas por corrupção.
A corrupção implicou para a Colômbia perdas de pelo menos 4% do PIB entre 1991 e 2001, ou seja 2,5 mil milhões de euros na moeda atual, segundo um estudo recente da Universidade Externado. No Índice de Perceção da Corrupção, divulgado anualmente pela ONG Transparency International, o país classificou-se em 96º lugar numa lista de 180. Cerca de 2.200 pessoas foram acusadas de corrupção pelo Ministério Público nos últimos 18 meses.
Nota: Duque propõe um referendo por uma ex-senadora corrupta de esquerda, para um povo que viu o resultado de sua escolha no referendo --- o "Não" --- ser completamente ignorado pelo ex-presidente Santos. Agora, o governo Duque que propõe rever as negociações de "paz", mas não abandoná-los quer que o povo escolha em um sistema que já não foi respeitado no passado, e que ainda trouxe para a campanha "anticorrupção" as FARC.
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