The Local Es, 08 de julho de 2018
O chefe da agência da fronteira da União Europeia alertou neste domingo que a rota do Mediterrâneo ocidental, do Marrocos à Espanha, pode se transformar no próximo caminho-chave para migrantes que buscam chegar à Europa.
“Se você me perguntar qual é a minha maior preocupação atual, eu diria que a Espanha”, disse Fabrice Leggeri, chefe da Frontex, ao jornal Welt am Sonntag.
Dados divulgados pela Organização Internacional para a Migração mostraram que os migrantes que chegavam à Espanha somavam 6.513 nos primeiros seis meses de 2017.
Em comparação, Leggeri disse que 6.000 chegadas irregulares na Espanha foram registradas somente em junho deste ano.
“Se os números continuarem subindo como estão agora, então esse caminho se tornará o mais significativo”, disse Leggeri.
A Itália e a Grécia registraram até agora o maior número de migrantes que atravessam o mediterrâneo para chegar à União Europeia.
Mas com a rota pela Líbia fechado enquanto a guarda costeira da Líbia aumenta as patrulhas, os contrabandistas de pessoas estão voltando para o oeste.
Os da OIM mostraram que as chegadas no litoral da Espanha saltaram quase três vezes de 2016 para cerca de 22 mil em 2017.
Cerca de metade dos migrantes são marroquinos, enquanto outros vieram de países da África Ocidental, disse Leggeri.
Na semana passada, os países-membros da União Europeia chegaram a um plano controverso para conter a chegada de migrantes e refugiados da África e do Oriente Médio.
O acordo inclui a criação de centros seguros para migrantes no bloco, “plataformas de desembarque” fora da União Europeia e a partilha de refugiados entre os estados-membros.
O acordo veio depois que o governo populista da Itália colocou a questão na linha de frente da agenda da União Europeia ao se recusar a abrir os portos do país aos navios de resgate de migrantes.
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