Euronews, 24 de abril de 2018.
Por Nelson Pereira.
Nicolas Maduro iniciou a campanha pela reeleição nas presidenciais de 20 de maio com uma cerimónia indígena da etnia Pemón em Puerto Ordaz. Enquanto o seu principal rival, Henri Falcón, afirma querer despolitizar a petrolífera estatal PDVSA, o presidente da Venezuela promete vencer a "guerra económica":
"Se for reeleito como presidente da República, prometo uma vitória definitiva contra a guerra económica, liderando uma revolução económica com a classe trabalhadora."
Henri Falcón decidiu enfrentar Maduro sozinho, apesar dos apelos à abstenção dos dirigentes da coligação de oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD). O militar da reserva de 56 anos, dissidente do chavismo, promete reconstruir a economia e colocar a Venezuela no caminho da prosperidade:
"Peço-vos apenas um dia de vossas vidas, apenas um dia para o seu país: 20 de maio. Se todos aceitarmos este desafio com responsabilidade, não tenho dúvidas de que a Venezuela será mais uma vez e por muitos anos uma referência mundial de paz, democracia, transformação, prosperidade e grandeza".
Falcon e o seu consultor económico Francisco Rodriguez, economista-chefe da consultoria Torino Capital de Nova Iorque, apresentaram planos para separar a companhia petrolífera estatal do Ministério do Petróleo, pedir que a Organização dos Países Produtores de Petróleo aumente as participações do país e fortalecer o papel de parceiros estrangeiros.
A Venezuela é alvo de um embargo dos EUA desde 2014 e da UE desde novembro de 2017.
Em default parcial, o país com as maiores reservas de petróleo do mundo enfrenta uma hiperinflação de 13.864% e uma queda do PIB 15% para 2018, de acordo com estimativas do FMI.
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