Euronews, 15 de abril de 2018.
Por Pedro Sacandura.
Sem Donald Trump nem Nicolás Maduro - embora por razões diferentes - a VIII Cimeira das Américas chegou ao fim, mas Venezuela esteve sempre presente e constou dos discursos com tom crítico dos líderes políticos reunidos em Lima.
Foram várias as vozes que apontaram baterias ao Presidente venezuelano e que disseram que não reconhecerão as eleições no país 20 de maio, nas quais Maduro parte à conquista da reeleição.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, denunciou a violação dos direitos humanos e juntou-se às manifestações contra o regime de Maduro.
"Apelamos aos nossos amigos e vizinhos na região que dizem ser amigos da Venezuela para refletir sobre o facto de que ser atualmente um verdadeiro amigo da Venezuela deve significar ser um amigo do povo venezuelano", sublinhou Justin Trudeau em conferência de imprensa.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, substituiu Trump na cimeira. O chefe da diplomacia cubana, Bruno Rodríguez, lamentou a exclusão do Presidente venezuelano do encontro.
"Não é nada democrático atacar a Venezuela e mencionar o Presidente Nicolás Maduro quando foi excluído e não está presente para responder. Rejeito as referências insultuosas a Cuba e à Venezuela e a atitude humilhante para a América Latina e nações caribenhas que Mike Pence assumiu", disse Rodríguez.
Maduro não esteve na cimeira porque lhe foi retirado um convite feito anteriormente. O Presidente venezuelano disse que o encontro "foi um fracasso total" e que viu relatórios de discursos vazios de presidentes ajoelhados perante o imperialismo.
Os líderes presentes no encontro, que terminou este sábado, adotaram o "Compromisso de Lima." Exige às nações do continente uma maior cooperação a nível jurídico e institucional de forma a combater a corrupção.
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