9 de abr. de 2018

ELN e Clã do Golfo ocupam territórios na Colômbia onde controlam narcotráfico

Em Tumaco, na Colômbia, o Promotor de Justiça Carlos Negret agradece à Usaid Colombia pelo apoio técnico e financeiro na promoção dos direitos humanos na Colômbia, durante a apresentação do relatório "Economias ilegais, atores armados e novos cenários de risco no pós-acordo"



Epoch Times, 09 de abril de 2018. 



O Promotor de Justiça da Colômbia, Carlos Negret, denunciou na sexta-feira (6) que, após os acordos de paz, os guerrilheiros do ELN, dissidências das Farc e o Clã do Golfo ocuparam territórios onde violam os direitos fundamentais em prol de seus interesses no controle do narcotráfico e da mineração ilegal.

Assim assegurou Negret em Tumaco (sudoeste) onde entregou o relatório “Economias ilegais, atores armados e novos cenários de risco no pós-acordo”. Este relatório foi elaborado com o apoio técnico e financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).


Negret pediu ao governo que tome medidas para prevenir e proteger a comunidade diante de atos de violência cometidos por grupos ilegais em várias partes do país.

O documento denuncia que algumas das regiões afetadas pela presença de grupos armados ilegais, que exercem controle sobre as economias ilegais como o narcotráfico e a mineração de ouro, são o município de Llorente em Tumaco e o centro urbano da cidade.

O mesmo acontece nas cidades de Argélia, El Tambo, Suárez e algumas aldeias de Caloto e Corinto, no departamento de Cauca; Buenaventura (Valle del Cauca); no vilarejo La Gabarra e nos municípios de Tibú e El Tarra (norte de Santander), assim como em Tarazá, Caucasia e El bagre, municípios de Antioquia.

“Essas áreas se converteram em pontos de armazenamento e centros de transações em torno da venda de drogas, compra ilegal de ouro, negociações de matérias primas, precursores químicos, cloridrato de cocaína e tráfico de armas”, disse Negret em uma declaração feita em seu escritório.

Negret também disse que é necessário realizar ações de prevenção, proteção e dissuasão de fatores de violência em lugares onde são feitas remessas de narcóticos e importação de armamento, especialmente nos portos do Pacífico e localidades na fronteira com a Venezuela.

De acordo com o relatório, as regiões de Bajo Cauca e o nordeste de Antioquia se transformaram em áreas estratégicas para os bandidos armados ilegais, porque servem como um corredor para o narcotráfico, ao mesmo tempo em que são feitas explorações ilegais em busca de ouro.

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