Elnodo, 07/04/2018
Um relatório confidencial da Agência de Serviços de Fronteira do Canadá (Canada Border Services Agency – CBSA), informou que o país do norte está experimentando um "boom" no fornecimento de cocaína colombiana, associada a um aumento desproporcional na produção de cocaína da mesma origem (ou seja, da Colômbia).
Especificamente, a desclassificação ocorreu em 08 de março, depois que foi requisitado pela rede de notícias canadense Global News, radicada no Canadá. Protegido pela Lei de Acesso à Informação do Governo Canadense, a Global News exigiu conhecer os relatórios detalhados da CBSA – Agência de Serviços de Fronteiras do Canadá, especialmente no que se refere à explosão de tráfico de cocaína pela qual o país do Norte está passando.
A pedido expresso da Global News, a Agência revelou informações classificadas sobre operadores especializados na área de voos do tráfico aéreo de cocaína, durante o primeiro semestre do ano de 2017. No meio das investigações, descobriu-se a explosão do suprimento de cocaína na Colômbia, o que confirmaria as previsões do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Textualmente o relatório de informação destaca as implicações dos chamados “cordos Santos-FARC”, que é referido como “processo de paz” da Colômbia. A este respeito, as autoridades canadenses previram a associação entre o aumento da oferta de coca processada nas ruas do Canadá, e as atividades políticas realizadas pelo governo de Juan Manuel Santos. Textualmente, o relatório feito pela Global News, transcreveu informações que responsabilizam o acordo de Havana, nos seguintes termos:
O documento da Agência de Serviços de Fronteiras do Canadá afirma que, devido ao aumento significativo na fabricação de drogas e à instabilidade associada ao processo de paz na Colômbia, “(o Canadá) prevê um aumento nos fluxos de cocaína”.
De fato, as informações foram verificadas na ocasião do acesso ao relatório da CBSA, que inclui também a tentativa do governo canadense para posteriormente excluir a palavra “Boom” do mesmo documento. No entanto, a Global News soube das modificações feitas no registro original, que denunciou em 08 de março em um relatório sobre 84 fardos de cocaína apreendidos em Alberta, no Canadá.
Antes do escândalo, todas as informações do relatório foram divulgadas no país do Norte, o que evidencia a anarquia institucional precedida pelo CBSA. Sendo este o caso, e após a captura dos fardos de cocaína nos processos rotineiros de Alberta, a Global News revelou o grau de conhecimento do governo do Canadá sobre a explosão de cocaína colombiana.
Textualmente, de acordo com o mesmo relatório confidencial, o Canadá estima que em 2016 a produção de cocaína colombiana triplicou em relação ao ano de 2012. Como se isso não bastasse, na mesma desclassificação do relatório referem-se as estimativas oficiais do chamado processo de paz nos seguintes termos:
“A produção de cocaína (na Colômbia) em 2016 mais do que triplicou em comparação com 2012, o ano em que o processo de paz começou”, disse o relatório de junho de 2017.
Dados do governo canadense estimaram a triplicação da (produção da) coca entre 2012 e 2016, o que teria sido confirmado com as agências de segurança das fronteiras da Casa Branca, que estimaram na data de elaboração do relatório, um aumento de 159 mil para 188 mil hectares de coca na Colômbia entre 2015 e 2016. Em 2017, no entanto, o governo do Canadá preferiu ocultar as informações do público. O que em março de 2018 foi revelado a pedido da Global News pela Lei de Acesso à Informação do governo Canadense.
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