Euronews, 15 de março de 2018.
O presidente norte-americano, Donald Trump, apoia a decisão de Theresa May de expulsar diplomatas russos do Reino Unido
Uma violação do direito internacional. É desta forma que Washington reage ao envenenamento do antigo espião russo em território britânico. Os Estados Unidos apoiam a decisão do Reino Unido e dizem estar a trabalhar para evitar que o caso skripal não se repita.
Questionado sobre a possibilidade de Vladimir Putin estar envolvido no que aconteceu, Donald Trump responde desta forma: "Parece que sim. Falei com a primeira-ministra britânica e continuo a falar. É uma situação muito triste e parece que os russos estão por detrás do que aconteceu. Isto é algo que não devia acontecer e que estamos a levar a sério, tal como muitos outros países."
Moscovo já se distanciou do caso. O chefe da diplomacia russo garante o país que nada tem a ver com o ataque e diz que tudo não passa de um jogo político.
"Penso que é uma história que reflete, em primeiro lugar, o desespero do atual governo britânico. Desde logo, porque não está a conseguir cumprir as promessas feitas à população no que toca à saída do país da União Europeia. Mas prometo e posso garantir que vamos responder a tudo isto muito brevemente" refere Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
A questão que dominou o conselho de segurança russo está, também, a ser seguida de perto por Portugal. Lisboa diz estar solidária com Londres e apela ao apuramento das responsabilidades.
O antigo espião russo Serguei Skripal e a filha foram encontrados inconscientes no início de março, no sul de Inglaterra e continuam hospitalizados em estado crítico.
Rússia vai responder às sanções dos EUA incluíndo mais americanos na sua "lista negra"
O governo de Moscovo afirmou que vai recorrer ao princípio da paridade para responder às sanções americanas.
O Kremlin espera que o Reino Unido, os EUA e os seus aliados tomem novas medidas de retaliação contra a Rússia mas Moscovo pretende manter o diálogo com Londres e Washington. As palavras do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, foram publicadas pela agência RIA.
Ryadkov diz que o Kremlin vai reagir calmamente "e sem ser influenciado", mas está a preparar medidas retaliatórias. Nas ruas de Moscovo poucos percebem o porquê das sanções a cinco organizações e a 19 pessoas.
Esta russa acredita que nos Estados Unidos, onde tem família, até gostam do presidente Putin e não há razões para um conflito entre os dois países.
Um outro residente em Moscovo duvida de qualquer intervenção russa na eleição de Trump.
Os menos otimistas temem que esta tensão só seja resolvida quando os líderes dos dois países saírem dos atuais cargos.
Há quem ainda defenda que as sanções internacionais agora divulgadas sejam essas sim uma tentativa de ingerência e de influenciar o resultado das eleições presidenciais que se vão realizar no próximo domingo na Rússia.
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