Euronews, 06 de março de 2018.
Por Rodrigo Barbosa.
Medida de exceção, inédita desde 2009, foi decidida depois de episódios de violência entre budistas e muçulmanos que fizeram pelo menos dois mortos
O Sri Lanka decretou um estado de emergência nacional durante 10 dias, na sequência de motins e episódios de violência entre a maioria budista e a minoria muçulmana que se saldaram em pelo menos dois mortos e dezenas de detenções.
É a primeira vez que o governo aplica a medida desde que, em 2009, proclamou a vitória militar contra a rebelião Tamil, depois de quase três décadas de conflito.
O executivo cingalês mobilizou esta terça-feira um importante dispositivo policial e militar na região turística de Kandy, no centro do país, um dia depois da descoberta do corpo de um homem muçulmano carbonizado num edifício incendiado, com as suspeitas a recairem sobre extremistas budistas.
A comunidade budista constitui três quartos da população do Sri Lanka, que sofre nos últimos anos de um recrudescimento do extremismo, atiçado por monges radicais, visando essencialmente os muçulmanos, que representam cerca de 10% da população. Em junho de 2014, confrontos intercomunitários saldaram-se em quatro mortos e um grande número de feridos.
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