9 de fev. de 2018

Nasce o estado totalitário da Colômbia? O Ministério Público ordena não aborrecer ou vituperar terroristas das FARC




El Nodo, 08 de fevereiro de 2018. 



A decisão do promotor de impor sanções às pessoas que participam de atividades de organização civil contra a campanha política do grupo te narcotraficantes das FARC, compromete a democracia colombiana, e destrói a liberdade política na Colômbia. Especificamente, os termos estabelecidos na Constituição Política Colombiana, no sentido de que qualquer cidadão do país pode expressar sua posição política contra os abusos de qualquer organização ou cidadão, são franqueados com essa decisão totalitária da acusação. 




Conforme relatado há algumas horas por RCN: 

A procuradoria Geral da República pediu à comunidade que não fomente protestos violentos contra membros do partido político Fuerza Alternativa Revolucionária del Común (FARC) que atualmente estão realizando comícios políticos. A Procuradora-Geral  Adjunta, Maria Paulina Riveros disse que os fatos apresentados nos últimos dias, quando Timoncheko estava se preparando para realizar atos políticos em Quindio e Valle 'estão sendo analisados' e também fez um apelo para sensibilizar os cidadãos a ter em conta que 'qualquer manobra que tente impedir o exercício da democracia é um ato punível à luz do direito penal'”. 

Assim, o protesto político cidadão, a indignação com a destruição da estrutura da Constituição de 1991, e sua reatividade natural a impunidade concedida às FARC pela atual administração, e, de modo geral, a sua capacidade de raciocínio e discernimento, poderia ser censurado pela acusação, tecnicamente transformando o país em um estado totalitário

A situação, por sua natureza, destaca a existência de uma nova hierarquia política e ideológica na Colômbia, determinada em sua origem na capacidade das FARC, não só para modificar o debate público, mas também para minar as liberdades do país de sua condição de pseudo-legalidade. 

Além disso, a medida a ser implementada pela promotora adjunta serve de advertência, antes da estratégia de dominação política e jurídica das FARC, articulada com a liquidação [jurídica] da dissidência cidadã, natural em qualquer democracia.   

Ao contrário das estimativas da promotora-adjunta, o exercício da manifestação popular contra medidas executadas arbitrariamente pelo governo nacional não é apenas um direito, mas uma garantia necessária para a existência de democracia em um debate público vigoroso. A imposição do silêncio pela polícia que seria proposto pela entidade nos próximos dias, se executado, destruiria os fundamentos democráticos mínimos da liberdade da nação e estabeleceria por sua natureza as bases de uma tirania sem antecedentes na história. 

As reações irritadas dos cidadãos nas redes sociais, com o passar do tempo não demoraram. 

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