29 de jan. de 2018

Maioria dos países latino-americanos e EUA não reconhecerão resultados das eleições venezuelanas




Epoch Times, 29 de janeiro de 2018. 






O repúdio às ações da ditadura de Maduro também chegou à Europa

As manobras do governo venezuelano anunciando uma nova farsa eleitoral para garantir a reeleição de Nicolás Maduro geraram reprovação internacional e a recusa em reconhecer essa votação.

Tanto os Estados Unidos como a União Europeia e o Grupo de Lima, integrado por 14 nações das Américas incluindo a vizinha Colômbia, anteciparam essa posição.


A América do Norte, principal comprador do petróleo venezuelano, disse que esta se trata de uma “eleição ilegítima que não atende aos requisitos de ser livre, justa, legal e transparente”, disse o Departamento de Estado dos Estados Unidos na quarta-feira (24).


(O governo dos Estados Unidos condena veementemente esta convocação de eleições na Venezuela porque esta votação não será livre ou justa e não refletirá a vontade do povo venezuelano).

“O que está acontecendo na Venezuela é um completo solapamento da ordem constitucional democrática. A decisão da ilegítima Assembleia Constituinte de convocar eleições antecipadas, (…), prejudica a capacidade do próprio povo venezuelano de participar de forma significativa na solução das múltiplas crises causadas pelo regime de Maduro”, acrescentaram.

“Nossa posição e a posição da comunidade internacional são muito claras. Essas eleições serão consideradas ilegítimas, os resultados não serão reconhecidos”, afirmou o Departamento de Estado norte-americano.

A mesma posição foi defendida pelo presidente colombiano Juan Manuel Santos, alvo frequente de críticas e insultos da parte de seu colega Nicolás Maduro.


“A Colômbia e a comunidade internacional não vão reconhecer o resultado ou a validade das eleições presidenciais na Venezuela convocadas pela Assembleia Nacional Constituinte, porque carecem de transparência e legitimidade”, afirmou o presidente Juan Manuel Santos nesta quinta-feira, de acordo com a Agência Reuters.

A campanha eleitoral iniciada por Maduro para sua reeleição “determinou” que deverão ser criadas comissões de trabalhadores em “todos os setores” para que “se comprometam por escrito” a votar nele, o que constitui uma autêntica pressão sobre a vontade de votar, que deve ser livre.


O conhecido Grupo de Lima, integrado por Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia, Brasil, Costa Rica e Guiana, foram categóricos em suas declarações.

Em um documento, o Grupo afirmou que o chamado unilateral às eleições presidenciais foi feito “sem as mínimas garantias de eleições democráticas e transparentes, de acordo com os padrões que ocorrem em uma eleição democrática em qualquer país”.

Por sua vez, o Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, parabenizou a declaração do “Grupo de Lima” sobre a “nova farsa eleitoral anunciada pelo regime venezuelano”.


Para o país sair da crise, “deve haver eleições livres, sem proscritos, com um sistema eleitoral legítimo e garantias para todos, com a presença de observadores internacionais e sem presos políticos”.

O repúdio às ações da ditadura de Maduro também chegou à Europa.

As eleições devem basear-se em um calendário eleitoral viável, definido de comum acordo, no contexto do diálogo nacional com todos os atores e partidos políticos relevantes, observou a UE.

Em um comunicado emitido pela União Europeia, foi feita uma advertência sobre o caráter ilegítimo da Assembleia Nacional Constituinte, composta na totalidade por apoiadores de Maduro.

“O respeito por condições justas, iguais e transparentes de participação, incluindo a retirada das proibições contra opositores políticos, uma composição equilibrada do Conselho Nacional Eleitoral e a existência de garantias suficientes, incluindo observadores internacionais independentes, são a única maneira de restaurar a confiança dos venezuelanos no processo eleitoral e de evitar uma maior polarização”, estes são requisitos de eleições livres, ressaltou a União Europeia.

A ditadura de Maduro antecipou as eleições, que estavam programadas para dezembro, para uma data não especificada antes de abril próximo. A determinação foi aprovada pela Assembleia Constituinte, a qual foi criada (através de votação arranjada) em meados do ano passado e composta apenas por chavistas.

O Supremo Tribunal, que é um poder que trabalha alinhado ao chavismo, proibiu a participação da maioria dos líderes opositores.

“O futuro da Venezuela só pode ser determinado pelo seu povo”, enfatizou a União Europeia.

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