Epoch Times, 16 de janeiro de 2018.
Por Jasper Fakkert.
O Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA anunciou a criação de uma força-tarefa especial para investigar e processar indivíduos e redes que prestaram apoio ao grupo terrorista do Hezbollah.
O anúncio vem após uma ordem de dezembro do procurador-geral Jeff Sessions para uma revisão de como o Projeto Cassandra, uma iniciativa de aplicação da lei visando o tráfico de drogas e operações relacionadas ao Hezbollah nos Estados Unidos e no exterior, foi tratado por funcionários da gestão Obama.
A revisão foi ordenada depois que a mídia Politico informou que a gestão Obama interferiu durante anos na investigação do Hezbollah por agentes do Departamento de Combate às Drogas (DEA) para não perturbar o Irã.
O Irã é o principal patrocinador do Hezbollah, um grupo terrorista criado no início da década de 1980 para promover a agenda anti-israelense do Irã. Até hoje, o grupo, designado oficialmente como uma organização terrorista pelo Departamento de Estado dos EUA em 1997, continua a realizar ataques terroristas contra Israel.
A revisão do DOJ levantou preocupações suficientes para Sessions nomear a força-tarefa especial.
“Embora eu espere que não tenha havido barreiras construídas pela última administração para permitir que os agentes do DEA conduzissem apropriadamente todos os casos sob o Projeto Cassandra, esta é uma questão significativa para a proteção dos americanos”, disse Sessions ao solicitar a revisão.
Indivíduos investigados pela força-tarefa poderiam incluir funcionários da era Obama que supostamente obstruíam a investigação, incluindo o próprio presidente Barack Obama.
Os supostos esforços de Obama para evitar os processos criminais contra o Hezbollah, apesar das evidências amplamente evidentes do comércio de drogas e da lavagem de dinheiro nos Estados Unidos, ocorreram quando seu governo estava em comunicação com o Irã para discutir seu programa nuclear.
Essas negociações resultaram em 2015 num acordo que interrompeu o desenvolvimento de armas nucleares no Irã por 10 anos. Em 2026, as disposições essenciais do acordo, incluindo as limitações ao enriquecimento de urânio, devem expirar. Especialistas acreditam que, nesse ponto, o regime iraniano poderia desenvolver uma arma nuclear dentro de seis meses.
O presidente Donald Trump anunciou em outubro que renegociaria as partes do acordo que colocam restrições de tempo no acordo com o regime iraniano. Ele também disse que quer incluir o programa de desenvolvimento de mísseis balísticos do Irã no acordo, que atualmente não está coberto por ele.
A força-tarefa especial, chamada de Equipe de Financiamento e Narcoterrorismo do Hezbollah, é composta por promotores experientes na investigação de lavagem de dinheiro, crime organizado, terrorismo e tráfico internacional de narcóticos.
A equipe começará por avaliar a evidência em investigações existentes, incluindo casos decorrentes do Projeto Cassandra.
“O Departamento de Justiça não deixará pedra sobre pedra para eliminar as ameaças aos nossos cidadãos de organizações terroristas e impedir a crise devastadora da droga”, afirmou Sessions num comunicado.
“Num esforço para proteger os americanos de ambas as ameaças, o Departamento de Justiça reunirá pesquisadores e procuradores líderes para garantir que todas as investigações do Projeto Cassandra, bem como outras investigações relacionadas, passadas ou presentes, recebam os recursos e a atenção necessários para chegar à sua resolução adequada”, disse ele.
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