Euronews, 19 de janeiro de 2018.
Por Isabel Silva.
"Breves de Bruxelas": sucesso do código de conduta contra discurso do ódio
O código de conduta contra o discurso, de "ódio" na Internet, adotado em 2016, está a ser cada vez mais utilizado pelas empresas do setor das tecnologias de informação.
De acordo com a terceira avaliação do executivo comunitário, a que a Euronews teve acesso, as regras estão a ser aplicadas.
“O facto de 70% dos conteúdos em causa terem sido retirados é um bom resultado. Além disso, as empresas de tecnologias de informação também têm bom desempenho ao nível do tempo que demoraram a fazer isso. O prazo que lhes demos é de 24 horas e é cumprido em 80% dos casos”, disse, à euronews, Věra Jourová, comissária europeia para a Justiça.
Além das empresas, há um trabalho de diálogo com a sociedade civil e com os governos dos Estados-membros para tentar ser ainda mais rápido na batalha.
“Vemos que a Alemanha segue o próprio caminho, temos algumas indicações do mesmo na França e noutros países. Mas a situação varia de acordo com cada Estado-membro. Há uma ameaça que me preocupa: os empresários e funcionários do setor das tecnologias de informação partilham os nosso valores, mas no dia em que o Facebook seja vendido a alguém que não pensa dessa forma, será um problema para nossa civilização”, acrescentou Věra Jourová.
Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube adotaram o texto em maio de 2016 e, agora, junta-se o Instagram.
No “Breves de Bruxelas”, programa que resume a atualidade europeia diária, destacamos, ainda, uma reportagem sobre uma exposição organizada pelo serviço de prevenção da freguesia de Molenbeek, em Bruxelas.
A iniciativa tenta desmontar preconceitos sobre “as razões” que levam à violência sexual, tal como a roupa usada pelas vítimas.
Nota: será que as vítimas são as mulheres não-muçulmanas? Acho que não.
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