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DN, 09 de novembro de 2017
O Presidente egípcio afirmou hoje que a derrota do grupo extremista Estado Islâmico (EI) nos combates no Iraque e na Síria forçou "muito provavelmente" os guerrilheiros a procurar refúgio na vizinha Líbia.
Abdel Fatah al-Sissi, que falava numa conferência de imprensa de quase duas horas na estância turística de Sharm-el-Sheik, no Mar Vermelho, referiu que, da Líbia, os elementos do EI poderão atravessar a fronteira com o Egito, onde as forças de segurança egípcias têm estado a combater os militantes do grupo terrorista na península do Sinai e, mais recentemente, no deserto do oeste do país.
O presidente egípcio salientou que as Forças Armadas do país foram equipadas e treinadas em parte para lidar com o terrorismo e lamentou que o conflito se tenha estendido a vários países da região, como Iraque, Síria, Líbia e Iémen.
Desde 2014, o Egito gastou mais de 10.000 milhões de dólares na compra de aviões de caça e helicópteros de combate franceses e russos e submarinos à Alemanha.
Anualmente, por outro lado, o Egito recebe dos Estados Unidos ajuda financeira para as forças de segurança no valor de 1.300 milhões de dólares.
Al-Sissi não entrou em pormenores sobre a fuga dos combatentes do EI, limitando-se a considerar que é "natural" que se tenham refugiado na Líbia, onde grande parte das milícias islâmicas mantêm o controlo de várias regiões.
"Temos de ter a capacidade militar para compensar o desequilíbrio na região e para as ações contraterrorismo. Esta é uma ameaça, não apenas para nós, mas também para a Europa", alertou o chefe de Estado egípcio.
Segundo a agência noticiosa AP, não existem dados fiáveis sobre o número de militantes extremistas que estão a combater o exército egípcio, embora vários especialistas tenham indicado crerem que serão poucos milhares.
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