Dailywire, 10 de novembro de 2017
Por Amanda Presto.
Um casal de cristãos evangélicos no Canadá está tomando ações legais depois que o seu pedido de adoção foi negado devido as suas opiniões religiosas sobre a sexualidade.
O casal, que não é identificado em documentos judiciais, alega que a “recomendação inicial em que eles eram autorizados a adotar foi revogada” após ‘interferência’ feita pelo Ministério dos Serviços Infantis e que lhes foi dito que as suas crenças religiosas relacionadas ao gênero e à sexualidade eram contrários a “posição oficial do governo de Alberta”, informa o National Post.
“Caso não mudássemos nossas crenças religiosas em relação à sexualidade, era para nos conformarmos com as crenças dos Serviços para Crianças e Famílias, de que não seríamos aprovados para adoção”, afirmou a mulher sem se identificar em um depoimento jurado arquivado no Tribunal da Rainha de Edmonton em 01 de novembro.
De acordo com uma cópia do Safe Home Study Report, o casal não teve outras questões que teriam sido o motivo para a reprovação: o casal possui sua própria casa, está ativamente envolvido em sua comunidade e ambos estão empregados. De fato, o assistente social que recomendou o casal para a adoção disse que estava “satisfeito” em fazê-lo.
O que parece ser perturbante é que as crenças a respeito da homossexualidade e a sua admissão de que eles guiariam uma criança a procurar aconselhamento se estivesse confusa sexualmente, fez com que o casal ganhasse uma rejeição. Segundo os relatórios do National Post:
No entanto, o relatório recomendou que “uma criança homossexual” não fosse colocada com um casal devido a uma avaliação que, embora dissessem que amariam incondicionalmente uma criança questionando ou explorando a sua sexualidade, eles não apoiariam o seu “estilo de vida”, o que poderia significar que uma criança pode não se sentir aceita.
Então, em meados de março, o assistente entrou em contato com o casal novamente e disse-lhes que os serviços de Criança e Família receberam o relatório e tiveram dúvidas adicionais sobre as suas opiniões sobre a sexualidade.
O assistente e o casal enviaram e-mails para cima e para baixo. Em um deles, a mulher escreveu que ela acredita que a homossexualidade é uma escolha.
Durante as reuniões subsequentes com os Serviços Sociais Católicos e os Serviços para a Criança e Família, o casal disse que deixaram claro que buscariam aconselhamento e apoio se o seu filho questionasse a sua sexualidade, mas que não poderiam encorajar um estilo de vida que “nós conhecemos como uma das maiores causas de ansiedade, depressão e tentativas de suicídio do que quaisquer outros estilos de vida”, de acordo com a declaração jurada.
Em 03 de maio, o pedido de adoção do casal foi oficialmente rejeitado, de acordo com documentos judiciais.
O casal alegou que foram discriminados com base em suas crenças religiosas e estão pedindo que sua candidatura para adoção seja aprovada.
Em uma declaração, o porta-voz do ministro dos Serviços para Crianças, Aaron Manton, sugeriu que o casal não possuía uma casa “inclusiva” o suficiente.
“Nosso governo acredita que cada criança adotiva merece uma casa segura, saudável, amorosa e inclusiva. Queremos garantir que, em todos os casos, o processo de adoção ofereça aos filhos e aos pais os melhores resultados possíveis, razão pela qual o processo de inscrição é minucioso e rigoroso”, disse Manton.
O advogado do casal, e presidente do Centro de Justiça Para Liberdades Constitucionais, John Carpay, diz que uma audiência provavelmente será realizada em 2018.
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