15 de nov. de 2017

Australianos disseram "Sim" ao "casamento" homossexual – As consequências para os cristãos

Vandalismo de radicais de esquerda contra um carro contendo cartazes pela campanha do "Não"



Euronews, 15 de novembro de 2017 



Os Australianos deram luz verde ao casamento homossexual. Através de uma consulta por correio, 62% dos mais de 12 milhões que participaram de forma voluntária nesta estatística disseram Sim.

Avançar com a legislação se o resultado fosse favorável era uma promessa do primeiro ministro, Malcolm Turbull: “Milhões de australianos votaram Sim pela igualdade do casamento. Votaram  Sim pela justiça. Votaram Sim pelo compromisso. Votaram Sim pelo amor. E agora cabe-nos a nós, aqui no Parlamento da Austrália, continuar com o trabalho”.

Turbull prometeu avançar com a lei até ao Natal. A "maioria" dos australianos defende o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas [supostamente] um impasse político tem impedido a concretização dessa vontade. Os políticos australianos debatem há dez anos sem chegarem a acordo sobre a forma que a lei deve tomar.

Consequências 


Instituto Cristão 


Liberdade de consciência


Mais de 12,7 milhões de pessoas participaram do questionamento: "A lei deve ser alterada para permitir que os casais do mesmo sexo se casem?". 

O resultado obteve de 61,6% a favor da legalização do casamento homossexual, de acordo com o Australian Bureau of Statistics

O líder dos conservadores australianos, Cory Bernardi, advertiu: "Muitos australianos têm preocupações sobre as implicações para as nossas queridas liberdades, como a liberdade de expressão, liberdade de religião e liberdade de consciência". 

Um projeto de lei já foi apresentado ao Senado australiano para redefinir o casamento. O ex-primeiro-ministro Tony Abbot disse que a Lei deve fornecer "liberdade de consciência para todos". 

'Falar mais' 

Lyle Shelton, diretor-gerente do Australian Christian Lobby (ACL), convocou os partidários tradicionais do casamento para "falar mais e não menos" sobre os problemas futuros. 

"O tipo de nação que deixaremos aos nossos filhos e netos depende do que faremos juntos daqui em diante". 

Ele acrescentou que o ACL pretende trabalhar para "proteger as crianças australianas de serem expostas à educação sexual e LGBTIQ radical nas salas de aula". 

Abusos

Antes de anunciar o resultado, Shelton compartilhou esta imagem no Twitter: 


É um dos muitos exemplos de abusos sofridos pelos defensores do casamento tradicional. 

Nos últimos meses, uma mãe recebeu ameaças de morte e uma cristã perdeu o seu emprego simplesmente por expressar sua oposição à redefinição do casamento. 

Grandes efeitos. 

Um artigo para o The Spectator Australia destaca os amplos efeitos que a legalização do casamento homossexual teve no Reino Unido desde que se tornou legal em 2013. 

David Sergeant escreveu: "No Reino Unido, ficou bastante claro que a redefinição afetou muitas pessoas, em muitas esferas. À primeira vista, essas esferas pareciam distintas da redefinição do casamento. No entanto, as mudanças subsequentes demonstraram que estão inteiramente entrelaçadas". 

Ele destacou particularmente o fato de que a liberdade de religião sofreu muito desde a mudança. 

"Muito foi feito no Reino Unido sobre supostas isenções, destinadas a assegurar que os crentes sempre possam permanecer fiel às suas convicções. Quatro anos depois, as mesmas pessoas que fizeram 'promessas', agora trabalham incansavelmente para miná-las [as convicções]". 

Apoio do ex-primeiro-ministro David Cameron.  

O ex-primeiro-ministro britânico David Cameron comemorou o resultado no Twitter: 


Em 2013, Cameron disse que queria exportar o casamento entre pessoas do mesmo sexo para todo o mundo. 

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