Christian Concern, 03 de outubro de 2017
Um estudante cristão acusou a Universidade de Sheffield de um “terrível duplo padrão” em sua decisão de expulsá-lo de um curso de trabalho social depois que ele expressou as suas crenças cristãs no Facebook.
Félix Ngole, de 39 anos, de Barnsley, fez a acusação depois que novas provas foram submetidas a uma audiência da Revisão Judicial hoje no Tribunal Superior de Londres.
A evidência destaca a atividade de ativismo LGBT de um funcionário chave da universidade e o comportamento da universidade em relação a um polêmico orador islâmico.
Félix foi removido do seu curso por uma decisão de um comitê da Academia por expressar as suas crenças cristãs sobre a ética sexual e o casamento durante uma discussão no Facebook.
Félix é apoiado pelo Centro Jurídico Cristão e está sendo representado no tribunal por um advogado e líder dos direitos humanos, Paul Diamond.
Falando no tribunal, Paul Diamond sublinhou a importância da liberdade de expressão para a sociedade:
“Eu acredito filosoficamente na liberdade de expressão, as pessoas devem ter o direito de dizer o que você não quer ouvir... A sociedade deve ser racional em suas restrições de liberdade de expressão. Caso contrário, a liberdade de expressão estaria à mercê de mais militantes, mais agressivos, mais irritados, ou mesmo mais violentos”.
Espera-se que a audiência dure até a quarta-feira, 04 de outubro.
Conflitos de interesses.
O advogado de Félix também apresentou evidências de que o comitê foi presidido por uma proeminente ativista LGBT de longa data, a professora Jacqueline Marsh, e que ela e a universidade não divulgaram seu interesse na questão em qualquer momento durante o processo.
A evidência do histórico em ativismo LGBT da professora foi submetida como parte do apelo de Félix para que a decisão do comitê fosse revogada e ele pudesse voltar ao seu curso MA.
O conflito de interesses não revelado da professora torna a decisão do comitê insegura, diz Félix.
A menos que a decisão seja revertida e ele seja reintroduzido no curso, ele será impedido de servir a sociedade como assistente social, acrescenta Félix.
Duplo padrão.
Félix também apresentou provas ao tribunal de que, em dezembro de 2015, a universidade permitiu que um professor islâmico, Fadel Soliman, falasse com o público estudantil de modo segregado e que, durante a apresentação, Soliman promovesse o seu canal no YouTube, no qual ela expõe um caso islâmico de violência doméstica, escravidão sexual e poligamia.
A universidade defendeu o seu tratamento especial dada ao orador islâmico.
Mas poucas semana antes da visita, a universidade havia dito a Félix Ngole que os seus comentários no Facebook estavam sendo investigados, comentários pelos quais ele foi retirado do curso pela universidade.
A abordagem da universidade ao orador islâmico e o histórico de ativismo LGBT da presidente do comitê disciplinar, chega ao duplo padrão, em comparação com o seu próprio tratamento, diz Félix.
Barrado para um cargo público.
Em 2015, durante uma discussão no Facebook, provocada por uma notícia em Kentucky a respeito de Kim Davis, o senhor Ngole expressou as suas crenças cristãs sobre o assunto e argumentou que “o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um pecado, quer queira quer não. São as palavras de Deus e os sentimentos do homem não podem mudar as suas palavras”.
Mas quase dois meses depois, ele recebeu um e-mail de um funcionário da universidade dizendo-lhe que os seus comentários estavam sendo investigados.
Então, em fevereiro de 2016, um comitê de “Fitness for Practice” da Universidade de Sheffield retirou o senhor Ngole de seu curso de dois anos de MA.
Em abril, o senhor Ngole ganhou o direito à revisão judicial de hoje sobre a decisão da universidade de removê-lo.
O tribunal irá efetivamente decidir se as crenças bíblicas sobre a sexualidade, casamento e família são uma barreira para o cargo público, diz Ngole.
Sob uma ditadura.
Comentando o caso dele, Félix Ngole, disse:
“Eu nasci em Camarões, sob uma ditadura, onde a liberdade de expressão foi fortemente censurada. Eu sempre fui levado a acreditar que no Reino Unido as pessoas poderiam compartilhar as suas opiniões e pontos de vista sem medo de perseguição das autoridades públicas. De todos os lugares, espero que a universidade seja um dos lugares para trocar ideias e ter debates. É chocante que, como aluno, eu possa ser expulso apenas por acreditar na Bíblia.
Eu acho inacreditável que a pessoa que preside o painel disciplinar seja uma lésbica 'orgulhosa' e ativista veterana LGBT, e esse fato nunca foi revelado para mim.
Também estou impressionado com a forma como a universidade lidou com a visita do controverso orador muçulmano.
Eu estou chocado com esta nova evidência. Tanto quanto posso ver, a universidade é culpada de um duplo padrão espantoso.
Os alunos vão à universidade para discutir, debater e aprender. Estamos vendo pessoas serem expulsas por falar e debater nas sociedades, e grupos de pressão que proíbem qualquer pessoa que se atreva a discordar da agenda liberal que está sendo definida por eles. Meu caso destaca a cumplicidade da elite liberal neste movimento preocupante.
Em vez de proibir os estudantes cristãos, as universidades devem se preocupar com a crescente censura da crença cristã e a falta de alfabetização religiosa. A Grã-Bretanha liderou o mundo na educação e agora corre o risco de se tornar motivo de chacota.”
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